Bolsonaro visita obra de hospital de campanha em GO ao lado de Caiado e Mandetta
Bolsonaro chegou ao local de helicóptero por volta das 11h20, acompanhado dos ministros Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria de Governo; Tarcísio de Freitas, da Infraestrutura; e da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, com quem Bolsonaro trava uma batalha sobre a condução do enfrentamento à pandemia.
O compromisso não constava da agenda oficial, e não foi permitido a entrada da imprensa. Todos eles estão de máscaras.
Do lado de fora da área do hospital, um grupo de 50 pessoas se aglomeraram para ver o presidente. Sem máscaras, elas chamavam Caiado de traidor.
O hospital de campanha, instalado em uma área de 10 mil metros quadrados, terá 200 leitos se semi UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para atender pacientes de Goiás e do Distrito Federal. A construção começou a há uma semana e a previsão é que esteja concluída em 15 dias.
O governo federal arcará com o custo de R$ 10 milhões para a construção e manutenção do hospital por quatro meses. Já os custos com equipe médica e materiais serão de responsabilidade do governo de Goiás.
Desde o início do avanço do coronavírus no País, Bolsonaro tem minimizado a pandemia e já se referiu à doença como "gripezinha". O presidente também tem circulado por áreas comerciais de Brasília, descumprindo orientações de autoridades sanitárias para que população mantenha distanciamento social. Nesses passeios, ele tem posado para fotos e cumprimentado apoiadores.
Bolsonaro defende que a população retome suas rotinas para evitar um colapso da economia e que o isolamento seja restrito a idosos e pessoas com doenças. O presidente tem 65 anos.
Foi após Bolsonaro incentivar, em pronunciamento, que as pessoas voltassem "à normalidade", que Caiado rompeu com ele. "As decisões do presidente na área da Saúde e sobre coronavírus não alcançam Goiás", disse o governador na ocasião.
O distanciamento social é um dos principais pontos de divergência entre Bolsonaro e Mandetta. Outro é a prescrição da hidroxicloroquina para o tratamento da covid, defendida pelo presidente mesmo sem pesquisas conclusivas sobre a eficácia e os efeitos colaterais do medicamento.
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