RJ desativa dois hospitais de campanha; MP e Defensoria acionam Justiça
O Ministério Público do Rio (MPRJ) e a Defensoria Pública do Estado (DPRJ) acionaram a Justiça hoje para impedir que o governo estadual encerre as atividades do hospital de campanha do Maracanã. Todos os pacientes da unidade estão sendo transferidos para outros hospitais.
Além da unidade do Maracanã, o governo do estado está transferindo também os oito pacientes internados no hospital de campanha de São Gonçalo, que foi inaugurado há apenas um mês, depois de 50 dias de atraso.
A Secretaria Estadual da Saúde (SES) alega que a remoção dos pacientes é "preventiva", motivada pelo fim do contrato com a organização social Iabas, que gere as unidades. A Iabas é alvo de investigação por supostas irregularidades em contratos com o Estado.
Tanto o MPRJ quanto a Defensoria, contudo, consideram que o fechamento do hospital do Maracanã "viola frontalmente decisão da 25ª Vara Cível, que expressamente determinou a ampliação e integral funcionamento dos leitos" do hospital.
Os dois órgãos também apontam que a transferência dos pacientes internados pode trazer risco grave e irreversível à vida deles.
"Certamente a transferência açodada dos pacientes importará em inúmeros obstáculos de logísticas, e exigirá, num momento de enorme escassez de recursos, leitos disponíveis, ambulâncias qualificadas e higienizadas para cada uso e equipes médicas para acompanhar cada um dos traslados", diz trecho de petição encaminhada à 14ª Vara de Fazenda Pública.
O MPRJ e a Defensoria argumentam ainda que a justificativa do governo, de vencimento do contrato com a Iabas, "apenas comprova a desorganização estatal".
"A preservação da saúde e o restabelecimento dessas pessoas não pode jamais ser comprometido pela falha na gestão pública, que não planeja a sucessão tempestiva para a unidade e determina, sem levar em conta a condição de cada paciente, o esvaziamento em massa da unidade de pessoas em situação de extrema vulnerabilidade", prossegue o documento.
Apesar da remoção dos pacientes e da alegação do término dos contratos com a Iabas, a SES nega que os hospitais serão fechados neste momento. Segundo a secretaria, a Fundação Saúde irá ceder profissionais para atuarem nos hospitais de campanha, mas a pasta não informou ainda quando isso irá ocorrer.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.