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Preços dos medicamentos caíram 2,48% em setembro, aponta novo indicador da Fipe

Venda de medicamento em farmácia - Capuski/iStock
Venda de medicamento em farmácia Imagem: Capuski/iStock

14/10/2020 11h38

O preço dos medicamentos no Brasil recuou 2,48% em setembro. É o que mostra o novo IPM-H (Índice de Preços de Medicamentos para Hospitais), indicador inédito criado pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) em parceria com a Bionexo Health Tech, líder em soluções digitais para gestão em saúde. O resultado foi impactado, sobretudo, pelos preços dos remédios relacionados ao aparelho cardiovascular (-8,92%), sistema nervoso (-4,68%) e preparados hormonais sistêmicos (-4,43%).

O resultado do IPM-H em setembro ficou abaixo da inflação oficial do País medida pelo IPCA/IBGE, que registrou alta de 0,64%, e do comportamento dos preços medido pelo IGP-M, com alta de 4,34%. Ainda de acordo com o IPM-H, embora parte dos medicamentos seja importada, o índice ficou abaixo da variação da taxa de câmbio nominal em setembro, de 1,13%.

A maior estabilização cambial em relação ao primeiro semestre e o reequilíbrio gradual do mercado em termos de oferta e demanda dos medicamentos contribuíram para a queda do índice pelo segundo mês seguido.

Segundo Bruno Oliva, coordenador de pesquisas da Fipe, "superado o choque inicial de demanda no início da pandemia, os fornecedores de medicamentos já estão conseguindo expandir sua oferta de produtos e adequar a produção às necessidades dos consumidores. Neste momento de estabilidade da covid-19, a tendência é que o índice siga em queda nos próximos meses".

Entre os treze grupos terapêuticos em que os medicamentos são agrupados, diz a Fipe, houve em setembro uma queda em dez deles. As baixas foram registradas nos preços do aparelho respiratório (-0,04%), imunoterápicos, vacinas a antialérgicos (-0,49%), órgãos sensitivos (-0,93%), anti-infecciosos gerais para uso sistêmico (-3,22%), aparelho digestivo e metabolismo (-3,52%), agentes antineoplásicos (-3,78%), preparados hormonais sistêmicos (-4,43%), sistema nervoso (-4,68%), aparelho cardiovascular (-8,92%), e outros medicamentos (-0,38%).

As altas foram registradas grupos terapêuticos de sistema musculesquelético (4,58%), sangue e órgãos hematopoiéticos (1,91%), e aparelho geniturinário e hormônios sexuais (0,38%).