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SC libera ocupação máxima em hotéis em meio a alta de casos de covid-19

Um dos argumentos do governador Carlos Moisés é de que medida vai reduzir hospedagem clandestina em estabelecimentos sem fiscalização - Maurício Vieira/Secom/Divulgação
Um dos argumentos do governador Carlos Moisés é de que medida vai reduzir hospedagem clandestina em estabelecimentos sem fiscalização Imagem: Maurício Vieira/Secom/Divulgação

15/12/2020 13h50

A poucas semanas do Natal e do ano-novo, o setor hoteleiro de Santa Catarina foi presenteado com a liberação de 100% da ocupação em hotéis e pousadas a partir de 21 de dezembro. A decisão foi anunciada pelo governo do estado ontem e atende a reivindicações do setor, que tinha dúvidas de como fazer as reservas para as festas de fim de ano em meio à pandemia do novo coronavírus.

Um dos argumentos do governador Carlos Moisés (PSL) para liberação dos hotéis, independente da matriz de risco, é de que a medida vai reduzir hospedagem clandestina em estabelecimentos sem fiscalização. "Os empresários serão nossos parceiros na fiscalização e seguimento das regras", afirma o governador.

Assim como em outros setores, a capacidade de ocupação no ramo de hotelaria é condicionada à matriz de risco: vermelho, com 30%; laranja, 60%; amarela, com 80%; e azul, com 100%.

Segundo o último boletim da Secretaria de Saúde, 14 das 16 regiões estão com nível de alerta vermelho, incluindo a Grande Florianópolis, e apenas duas em laranja.

Alta de casos após o feriadão

Santa Catarina enfrenta crescimento exponencial da pandemia após afrouxamento nas regras de isolamento. Especialistas apontam que o nível de contágio aumentou após dois feriados prolongados, Dia das Crianças e Finados, quando as praias ficaram lotadas.

O Estado já é o terceiro no País em número de infectados por 100 mil habitantes, ficando atrás apenas de Roraima e Distrito Federal. São mais de 430 mil casos confirmados e 4.420 mortes. A taxa de ocupação dos leitos adultos para a covid-19, segundo dados desta terça-feira, 15, é de 90% em todo o Estado.

Fábio Bispo, especial para o Estadão