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Após aumento de casos em Manaus, hospitais voltam a instalar câmaras frigoríficas

A instalação das câmaras frigoríficas ocorre após o aumento de casos de coronavírus, nos últimos dias no estado - Lucas Silva/Secom
A instalação das câmaras frigoríficas ocorre após o aumento de casos de coronavírus, nos últimos dias no estado Imagem: Lucas Silva/Secom

Thaise Rocha

De Estadão Conteúdo

31/12/2020 18h06

Câmaras frigoríficas voltaram a ser instaladas nos hospitais de Manaus após o aumento de casos de coronavírus, nos últimos dias. A medida tinha sido adotada durante o ápice da pandemia na capital, em abril deste ano, que levou o sistema de saúde ao colapso.

Segundo o titular da Secretaria de Saúde (SES-AM), Marcellus Campêllo, a quarta fase do plano de contingência que foi antecipada pelo governo já previa a instalação de câmaras móveis, de forma preventiva, nos principais pronto-socorros da cidade para acondicionar os corpos das vítimas de coronavírus.

"Nós estamos operacionalizando várias providências. Hoje nós instalamos a primeira câmara no (Hospital) 28 de agosto e também vamos instalar no Pronto-Socorro João Lúcio e no Platão Araújo. Isso faz parte do plano de contingência, mas também estamos trabalhando na revitalização das unidades", afirmou, destacando que a pasta identificou a necessidade de possuir uma estrutura definitiva nessas unidades de saúde para acondicionar corpos em geral e que isso deve ocorrer em breve com as câmaras definitivas.

Na última terça-feira, 29, o Amazonas atingiu o maior número de internações em um único dia desde o início da pandemia no Estado, com 112 hospitalizações. Até então, isso tinha ocorrido apenas em maio, pico da pandemia. O governo tem corrido contra o tempo para ampliar leitos clínicos e de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) nas unidades de saúde em decorrência desse crescimento de casos e sobrecarga dos hospitais, incluindo a rede privada que já está com 100% dos leitos ocupados.

Uma das medidas de emergência cogitadas pelo estado é a implantação de um novo hospital de campanha para conseguir atender a demanda, pois a tendência é o cenário se agravar caso a população não se conscientize e siga as medidas de proteção como usar máscara e álcool em gel, e principalmente evitar aglomerações.

"Nós precisamos que a população entenda que a nossa capacidade instalada é grande, estamos ampliando essa capacidade, porém isso tem um limite. Vai chegar o momento que essa capacidade vai se esgotar se a população não ajudar", alertou o secretário de saúde.

Até esta quarta-feira, 30, o Amazonas registrou 1.369 novos casos de covid-19 totalizando 199.570 casos confirmados no estado. O número total de mortos chegou a 5.258.

Entre os casos confirmados, 727 pacientes estão internados, sendo 433 em leitos clínicos (143 na rede privada e 290 na pública) e 274 em UTI (102 na rede privada e 172 na rede pública). Outros 277 pacientes considerados suspeitos também estão internados aguardando diagnóstico, desses 65 estão na UTI e 22 em sala vermelha (assistência temporária para estabilizar pacientes críticos/graves).