'Lockdown voluntário' com desconto de salário não tem adesão em cidade de SC
Fábio Bispo, especial para o Estadão
23/03/2021 14h28
Nenhum funcionário público de Criciúma, cidade no sul de Santa Catarina, aderiu ao decreto do prefeito Clésio Salvaro (PSDB) que propôs um "lockdown sem remuneração". A medida foi anunciada na quarta-feira (17), mas não teve adesão do funcionalismo.
A cidade tem o maior número de mortes registradas por covid-19 na região e, assim como as demais regiões, está com hospitais lotados.
Declaradamente contra o lockdown em todo o município, Salvaro gravou vídeo em tom de desabafo e disse que "não há necessidade de parar a economia, nós precisamos continuar trabalhando" e diz que quem quiser se cuidar, em casa, não terá direito a salário.
"Não quer vir trabalhar? Não tem problema. Quer se cuidar? Ótimo, vai ficar em casa, mas não vai receber salário. É assim mesmo, porque é muito fácil pedir lockdown quando a geladeira está cheia e o salário garantido, então estou decretando lockdown na prefeitura, só que é voluntário, facultativo. Quer lockdown? Vai ter, só não vai ter salário", afirmou ao assinar o decreto.