Fora plano de saúde, Câmara pagou R$ 40,4 milhões em despesas médicas desde 2015
De acordo com o partido, o pente-fino é para a Corte de Contas avaliar a 'operacionalidade e economicidade' do serviço. Os filiados do Novo não são autorizados pedir reembolsos. "Os parlamentares esperam da Corte uma proposta de correção ou até de extinção definitiva da política de reembolso", afirma a legenda.
Não há ilegalidade nos pagamentos, embora todos os 513 deputados e seus dependentes tenham direito ao plano de saúde da Câmara, o Pró-Saúde. O convênio tem validade em todo o território nacional e prevê assistências médico-hospitalar, odontológica, fisioterápica, fonoaudiológica, psicossocial, home care e psiquiátrica. Os parlamentares também têm à sua disposição o departamento médico da Câmara dos Deputados, que oferece atendimento ambulatorial e de emergência clínica. Os reembolsos são previstos, sem limite de custo, quando o deputado busca atendimento em uma rede não conveniada.
"Em um país onde sete a cada dez cidadãos dependem exclusivamente do Sistema Único de Saúde (SUS) para receber tratamento de saúde, a medida, apesar de não ser ilegal, é vista como imoral aos olhos da sociedade brasileira", diz o Novo.
Além de acionar o TCU, a bancada do partido também enviou ofícios ao Departamento de Finanças, Orçamento e Contabilidade da Câmara dos Deputados pedindo todos os reembolsos desde 2015 e ao Secretário de Transparência da Câmara dos Deputados para que as informações relativas aos reembolsos sejam publicadas 'proativamente' no site da Casa. "O intuito dos parlamentares é garantir a transparência do uso de recursos públicos", defende a sigla.
COM A PALAVRA, A CÂMARA DOS DEPUTADOS
A reportagem entrou em contato com a Casa Legislativa e, até a publicação desta matéria, ainda aguardava resposta. O espaço permanece aberto a manifestações.
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