MP abre inquérito para investigar prédio sem alvará no Itaim-Bibi
Na noite desta quarta-feira, seis dias após tomar conhecimento oficialmente da irregularidade, a gestão Ricardo Nunes (MDB) multou a empresa em R$ 2,5 milhões por descumprir o Código de Obras da capital. Localizado no número 1.246 da Rua Leopoldo Couto de Magalhães Júnior, a cerca de três minutos de caminhada da Avenida Brigadeiro Faria Lima e próximo também da Subprefeitura de Pinheiros, gestora da área, o Edifício St. Barths tem apartamentos luxuosos, com até 739 metros quadrados de área útil. A planta segue um outro projeto erguido a poucos metros pela própria São José, mas já licenciado e habitado.
No caso do St. Barths, o alvará de aprovação da edificação chegou a ser concedido pela Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento em 2018, mas não a sua execução. Os pedidos para a realização da obra foram negados três vezes em função da ausência de um documento. De acordo com o processo interno da pasta, obtido pelo Estadão, a licença da obra foi inferida porque a São José não apresentou a certidão de compra de títulos imobiliários, os chamados Certificados de Potencial Adicional de Construção (Cepacs), exigida para a área, que está localizada no perímetro da Operação Urbana Faria Lima. Apesar disso, o embargo da obra ocorreu apenas na última terça, após questionamento da reportagem. Até então, a informação era a de que a obra seria embargada caso os trabalhos fossem retomados.
A Prefeitura só tomou conhecimento da irregularidade pelo vereador Antonio Donato (PT) no dia 9, quando o parlamentar enviou ofício à pasta relatando o caso. Na quarta, o Município informou ter aberto uma "apuração preliminar interna para averiguar eventuais responsabilidades de servidores na condução do processo em questão".
Já a SP Urbanismo informou que a São José nem solicitou proposta de participação na Operação Faria Lima, um rito obrigatório. A construtora deveria ter apresentado certidão relativa à compra de 3.534 Cepacs, o que, segundo o último leilão realizado, representaria ao menos R$ 62,2 milhões. A construtora não se pronunciou.
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