Em manifestação esvaziada, bolsonaristas pedem impeachment de Lula e Moraes
Sem as presenças do ex-presidente Jair Bolsonaro, seus familiares ou outros aliados de primeiro escalão, uma manifestação esvaziada na Avenida Paulista, neste domingo, 9, reuniu bolsonaristas que pediram impeachment do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
Com início por volta das 14h e presença de deputados federais como Carla Zambelli (PL-SP), Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-SP) e Marcel van Hattem (Novo-RS), o ato ocorreu em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp) e reuniu um número mais tímido de pessoas do que manifestações chamadas pelo próprio ex-presidente. Nas redes sociais, apoiadores chegaram a compartilhar fotos do protesto realizado por Bolsonaro em fevereiro como se fossem deste domingo, mas os próprios bolsonaristas chamaram atenção e pediram que as publicações parassem para evitar acusações de fake news.
Os discursos, protagonizados por deputados e outras figuras e influenciadores da direita, giraram em torno de pedidos de liberdade de expressão, liberdade para os condenados pelos ataques antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023 e a saída de Lula e Moraes. Havia cartazes de agradecimento ao empresário Elon Musk, que entrou em atrito com Moraes por não concordar com a suspensão de perfis de bolsonaristas no X.
Van Hattem puxou coro de "Fora, Lula" e depois "Fora, Xandão", em referência ao ministro do STF. "Apesar de eu achar que não é Xandão coisa nenhuma. É Xandinho, porque quem usa de seu poder para abusar dele, é Xandinho, é minúsculo", disse o deputado federal do Rio Grande do Sul.
Em sua fala, Carla Zambelli disse que existe um pedido de impeachment contra Lula no Congresso Nacional e pediu para que todos acreditem que a saída do petista pode acontecer. Ela estava com um boneco "pixuleco", que ficou conhecido durante as manifestações pelo impeachment de Dilma Rousseff (PT), em 2016. O boneco, com roupa listrada, é uma referência a Lula que, à época, respondia processos criminais no âmbito da Operação Lava Jato.
Entre os pré-candidatos à Prefeitura de São Paulo, Marina Helena (Novo) participou do ato na Avenida Paulista. "A maioria da nossa população tem medo de criticar uma autoridade. Isso só existe em ditadura. Como chegamos até aqui? Isso não é aceitável", disse.
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