Após visita a cadeia, senadores italianos dizem que Pizzolato está "sereno"
Líderes de um movimento contra a extradição de Henrique Pizzolato, os senadores italianos Maria Cecilia Guerra e Luigi Manconi visitaram o ex-diretor de marketing do Banco do Brasil na penitenciária de Modena e disseram que ele está "bastante sereno".
Os dois parlamentares pertencem ao centro-esquerdista Partido Democrático (PD) - o mesmo do premier Matteo Renzi e do ministro da Justiça Andrea Orlando - e cobram do governo que reconsidere sua decisão de expulsar Pizzolato para o Brasil.
Atualmente, a extradição está suspensa até 22 de setembro, quando o Conselho de Estado - última instância da Justiça administrativa da Itália - julgará o caso. "Encontramos Pizzolato bastante sereno, esperando para saber qual será o seu destino, se o governo italiano acolherá o seu pedido para descontar na Itália a pena à qual foi condenado, sendo ele um cidadão italiano", diz uma nota divulgada por Guerra.
No comunicado, a senadora destaca que "as prisões brasileiras, segundo organizações internacionais, não são capazes de garantir o respeito aos direitos humanos dos detentos". "Essa é a razão que nos motivou a apoiar o pedido de Pizzolato e sua esposa, Andrea", acrescenta a parlamentar.
Condenado a 12 anos e sete meses de prisão por corrupção, lavagem de dinheiro e peculato no processo do "mensalão", o ex-diretor do BB fugiu para a Itália após a confirmação da sentença. No entanto, ele foi preso em fevereiro de 2014, e desde então o governo brasileiro tenta a sua extradição. (ANSA)
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