Hollande desiste de polêmica lei contra o terrorismo
PARIS, 30 MAR (ANSA) - O presidente francês, François Hollande, desistiu nessa quarta-feira (30) do projeto de lei para alterar a Constituição sobre crimes relacionados ao terrorismo, que tinha como ponto mais polêmico a revogação da dupla cidadania para acusados pelo crime.
A medida havia sido anunciada em novembro do ano passado, após a série de atentados ocorridos em Paris no dia 13 de novembro, mas não contou com o apoio da oposição ao seu governo. Na semana passada, após a lei sofrer várias alterações, Hollande acusou a direita do país de "não querer mexer na Constituição" e disse que isso era um "grande erro".
"Decidi, após me reunir com os presidentes da Assembleia Nacional e do Senado, encerrar o debate constitucional sobre a mudança. Vejo que parte da oposição é hostil a qualquer revisão constitucional", disse em pronunciamento ao povo francês.
O mandatário, que tem um índice baixíssimo de popularidade (18%), afirmou ainda que "não se desviará" das questões sobre a segurança da França e que a ameaça terrorista "nunca foi tão elevada". Para ele, a guerra contra os jihadistas "será longa" e precisará "de uma ação determinada em nível europeu".
Além de não contar com o apoio dos opositores, o governo francês viu a renúncia da ministra da Justiça, Christiane Taubira, por estar em desacordo com a medida, em janeiro deste ano.
O projeto original incluía, além das regras para a revogação da nacionalidade, a inserção do "estado de emergência" como um termo constitucional, a proibição de cidadãos voltarem à França caso sejam suspeitos de terrorismo, a liberação do acesso à material sigiloso para juízes antiterrorismo e a possibilidade de dissolver organizações religiosas que façam discursos de ódio.
Para ser aprovada, a lei precisaria passar pela aprovação das duas Casas - que já haviam feito alterações no documento e precisavam unificar o texto. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
A medida havia sido anunciada em novembro do ano passado, após a série de atentados ocorridos em Paris no dia 13 de novembro, mas não contou com o apoio da oposição ao seu governo. Na semana passada, após a lei sofrer várias alterações, Hollande acusou a direita do país de "não querer mexer na Constituição" e disse que isso era um "grande erro".
"Decidi, após me reunir com os presidentes da Assembleia Nacional e do Senado, encerrar o debate constitucional sobre a mudança. Vejo que parte da oposição é hostil a qualquer revisão constitucional", disse em pronunciamento ao povo francês.
O mandatário, que tem um índice baixíssimo de popularidade (18%), afirmou ainda que "não se desviará" das questões sobre a segurança da França e que a ameaça terrorista "nunca foi tão elevada". Para ele, a guerra contra os jihadistas "será longa" e precisará "de uma ação determinada em nível europeu".
Além de não contar com o apoio dos opositores, o governo francês viu a renúncia da ministra da Justiça, Christiane Taubira, por estar em desacordo com a medida, em janeiro deste ano.
O projeto original incluía, além das regras para a revogação da nacionalidade, a inserção do "estado de emergência" como um termo constitucional, a proibição de cidadãos voltarem à França caso sejam suspeitos de terrorismo, a liberação do acesso à material sigiloso para juízes antiterrorismo e a possibilidade de dissolver organizações religiosas que façam discursos de ódio.
Para ser aprovada, a lei precisaria passar pela aprovação das duas Casas - que já haviam feito alterações no documento e precisavam unificar o texto. (ANSA)
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