Sob tensão, Comissão da UE pede que Londres 'respeite voto'
BRUXELAS E BERLIM, 28 JUN (ANSA) - Sob muita tensão, começou nesta terça-feira (28) o encontro dos líderes europeus em Bruxelas, que debaterá a saída do Reino Unido do bloco.
Nos primeiros discursos, antes da reunião formal, o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, pediu seriedade para enfrentar o momento inédito na história da UE. Para Juncker, o "momento é grave" e não pode ser decidido em reuniões a "portas fechadas" ou "fazendo jogos" com a decisão das urnas.
"É preciso respeitar o voto do referendo e é preciso enfrentar as consequências. Quero que o Reino Unido esclareça, não amanhã de manhã, mas esclareça a sua própria posição", ressaltou o líder.
"Não é admissível que agora o governo britânico busque contatos informais. Dei uma ordem presidencial aos meus diretores de evitarem qualquer tipo de contato. Precisamos construir uma nova relação com a Grã-Bretanha, mas somos nós quem dita a agenda, não quem quer sair", reforçou.
A fala de Juncker se referia ao fato dos britânicos ainda não terem solicitado, de maneira formal, a ativação do artigo 50 di Tratado de Lisboa - que dará início à saída do Reino Unido da União Europeia. Por isso, o bloco quer proibir conversas paralelas que demorem ainda mais em ativar todo o processo.
Antes de discursar, Juncker ouviu de um dos representantes britânicos no Parlamento, Nigel Farage - que fez campanha pelo "Brexit" - que deveria renunciar ao posto. E deu seu recado.
"Estou surpreso em ver, eu mesmo, que estou sendo descrito na Grã-Bretanha como tecnocrata, eurocrata, robô... porque quero enfrentar as consequências do voto. E eles não querem?", ironizou Juncker.
Ao abafar os gritos contrários, o líder da Comissão ainda afirmou que não está "doente ou cansado" e que "lutará até o último respiro por uma Europa unida e melhor".
A reunião entre os 28 líderes europeus - incluindo o premier britânico David Cameron - ocorrerá nesta tarde e será a portas fechadas. Porém, antes do debate, Juncker receberá Cameron para uma conversa antes do encontro com todas as lideranças.
- Bundestag: Enquanto Juncker abria os trabalhos na Comissão Europeia, a chanceler alemã Angela Merkel falava com os parlamentares alemães no Bundestag (Parlamento) sobre o "Brexit".
"Precisamos nos ater que a Grã-Bretanha ainda não apresentou o pedido formal de saída, mas a Grã-Bretanha precisa saber que nenhuma conversa informal será levada adiante antes disso", discursou Merkel. Segundo a líder política, o plano de procedimentos para a ativação do artigo 50 já foi desenhado pelos líderes do bloco.
Além disso, a chanceler destacou que seu país e a União Europeia "conduzirão as negociações para a saída da Grã-Bretanha sobre as bases de seus próprios interesses". "Isso significa que as negociações com um Estado terceiro não podem colocar em discussão as conquistas da unidade europeia pelos seus 27 membros", disse ainda.
"A União Europeia é suficientemente forte para prosseguir seu caminho sem a Grã-Bretanha. Eles não podem esperar não ter mais obrigações, mas manter os privilégios", destacou sob aplausos dos deputados alemães. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
Nos primeiros discursos, antes da reunião formal, o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, pediu seriedade para enfrentar o momento inédito na história da UE. Para Juncker, o "momento é grave" e não pode ser decidido em reuniões a "portas fechadas" ou "fazendo jogos" com a decisão das urnas.
"É preciso respeitar o voto do referendo e é preciso enfrentar as consequências. Quero que o Reino Unido esclareça, não amanhã de manhã, mas esclareça a sua própria posição", ressaltou o líder.
"Não é admissível que agora o governo britânico busque contatos informais. Dei uma ordem presidencial aos meus diretores de evitarem qualquer tipo de contato. Precisamos construir uma nova relação com a Grã-Bretanha, mas somos nós quem dita a agenda, não quem quer sair", reforçou.
A fala de Juncker se referia ao fato dos britânicos ainda não terem solicitado, de maneira formal, a ativação do artigo 50 di Tratado de Lisboa - que dará início à saída do Reino Unido da União Europeia. Por isso, o bloco quer proibir conversas paralelas que demorem ainda mais em ativar todo o processo.
Antes de discursar, Juncker ouviu de um dos representantes britânicos no Parlamento, Nigel Farage - que fez campanha pelo "Brexit" - que deveria renunciar ao posto. E deu seu recado.
"Estou surpreso em ver, eu mesmo, que estou sendo descrito na Grã-Bretanha como tecnocrata, eurocrata, robô... porque quero enfrentar as consequências do voto. E eles não querem?", ironizou Juncker.
Ao abafar os gritos contrários, o líder da Comissão ainda afirmou que não está "doente ou cansado" e que "lutará até o último respiro por uma Europa unida e melhor".
A reunião entre os 28 líderes europeus - incluindo o premier britânico David Cameron - ocorrerá nesta tarde e será a portas fechadas. Porém, antes do debate, Juncker receberá Cameron para uma conversa antes do encontro com todas as lideranças.
- Bundestag: Enquanto Juncker abria os trabalhos na Comissão Europeia, a chanceler alemã Angela Merkel falava com os parlamentares alemães no Bundestag (Parlamento) sobre o "Brexit".
"Precisamos nos ater que a Grã-Bretanha ainda não apresentou o pedido formal de saída, mas a Grã-Bretanha precisa saber que nenhuma conversa informal será levada adiante antes disso", discursou Merkel. Segundo a líder política, o plano de procedimentos para a ativação do artigo 50 já foi desenhado pelos líderes do bloco.
Além disso, a chanceler destacou que seu país e a União Europeia "conduzirão as negociações para a saída da Grã-Bretanha sobre as bases de seus próprios interesses". "Isso significa que as negociações com um Estado terceiro não podem colocar em discussão as conquistas da unidade europeia pelos seus 27 membros", disse ainda.
"A União Europeia é suficientemente forte para prosseguir seu caminho sem a Grã-Bretanha. Eles não podem esperar não ter mais obrigações, mas manter os privilégios", destacou sob aplausos dos deputados alemães. (ANSA)
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