ONU critica proibição do uso do 'burkini' na França
ROMA, 30 AGO (ANSA) - O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (Acnudh) criticou a proibição que algumas cidades francesas impuseram ao uso do "burkini", traje de banho muçulmano que cobre o corpo inteiro, alegando que a medida é discriminatória.
"Os decretos não melhoram a situação de segurança, pelo contrário, tendem a alimentar a intolerância religiosa e a estigmatização de pessoas de religião muçulmana na França, em particular das mulheres", apontou o organismo em comunicado.
Ainda segundo a Acnudh, este tipo de medidas afetam de forma desproporcional as mulheres e as jovens e "abalam sua autonomia ao negar sua aptidão para tomar decisões independentes sobre sua maneira de vestir".
A proibição da peça em ao menos 30 cidades francesas causou polêmica e foi manchete dos jornais de todo o mundo nos últimos dias. Os prefeitos das cidades francesas baniram o uso da peça alegando motivo de segurança, especialmente após uma série de ataques jihadistas terem deixado centenas de mortos em lugares como Paris e Nice. Além disso, para muitos políticos, a peça representa uma opressão das mulheres. Recentemente, o premier Manuel Valls disse ser a favor de uma lei nacional contra a peça. Na França já é proibido o uso do véu islâmico em instituições de ensino e repartições públicas. Na semana passada, o Conselho de Estado da França, a maior instância judicial administrativa do país, proibiu a cidade de Villeneuve-Loubet, nas proximidades de Nice, de vetar o uso do "burkini". Apesar de a decisão ser direcionada especificamente a cidade, e não ser de âmbito nacional, ela pode abrir um precedente legal no país. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
"Os decretos não melhoram a situação de segurança, pelo contrário, tendem a alimentar a intolerância religiosa e a estigmatização de pessoas de religião muçulmana na França, em particular das mulheres", apontou o organismo em comunicado.
Ainda segundo a Acnudh, este tipo de medidas afetam de forma desproporcional as mulheres e as jovens e "abalam sua autonomia ao negar sua aptidão para tomar decisões independentes sobre sua maneira de vestir".
A proibição da peça em ao menos 30 cidades francesas causou polêmica e foi manchete dos jornais de todo o mundo nos últimos dias. Os prefeitos das cidades francesas baniram o uso da peça alegando motivo de segurança, especialmente após uma série de ataques jihadistas terem deixado centenas de mortos em lugares como Paris e Nice. Além disso, para muitos políticos, a peça representa uma opressão das mulheres. Recentemente, o premier Manuel Valls disse ser a favor de uma lei nacional contra a peça. Na França já é proibido o uso do véu islâmico em instituições de ensino e repartições públicas. Na semana passada, o Conselho de Estado da França, a maior instância judicial administrativa do país, proibiu a cidade de Villeneuve-Loubet, nas proximidades de Nice, de vetar o uso do "burkini". Apesar de a decisão ser direcionada especificamente a cidade, e não ser de âmbito nacional, ela pode abrir um precedente legal no país. (ANSA)
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