UE alerta Suíça por referendo sobre trabalho estrangeiro
ROMA, 26 SET (ANSA) - O porta-voz da Comissão Europeia, Margaritis Schinas, alertou a Suíça nesta segunda-feira (26) sobre os problemas de levar adiante um pedido de restrição aos trabalhadores estrangeiros no país.
Neste domingo (25), os moradores da região de Ticino, que fica na fronteira com a Itália e é conhecido como o cantão italiano no país, aprovaram em referendo um projeto que pretende "privilegiar" aqueles que moram em território suíço. Atualmente, 62 mil italianos atravessam a fronteira todos os dias para trabalhar na Suíça.
Segundo Schinas, "o referendo não tonará mais fácil as negociações" que já estão em curso entre a União Europeia e o governo suíço para enfrentar as consequências de outro referendo, desta vez nacional, realizado há dois anos que já pedia a imposição de limites de trabalhadores estrangeiros nos países europeus.
"O presidente [da Comissão] Jean-Claude Juncker esclareceu mais de uma vez que as quatro liberdades fundamentais do mercado único são inseparáveis, coisa que no contexto suíço significa que a liberdade de circulação de trabalhadores é fundamental", acrescentou o porta-voz.
Lembrando que o referendo de Ticino "ainda precisa de aprovação do governo", Schinas acrescentou que mais uma rodada de negociação está agendada para o fim do mês de outubro.
Quem voltou a falar sobre o tema, agora de maneira oficial, foi o ministro das Relações Exteriores da Itália, Paolo Gentiloni, após conversar por telefone com seu homólogo suíço, Didier Burkhalter.
De acordo com o chanceler italiano, o suíço afirmou que não haverá "consequências imediatas" para os trabalhadores italianos e que a lei sobre as normas para estrangeiros ainda está em análise no Parlamento. Por sua vez, Gentiloni destacou que "qualquer discriminação na relação com os fronteiriços será um impedimento" nas negociações que ocorrem entre UE e Suíça.
"A Itália está empenhada em ajudar em tal entendimento [entre UE e Suíça], que deve ser baseado sob os comuns interesses econômicos e sobre o comum reconhecimento do princípio da liberdade de circulação de pessoas", disse ainda o ministro em nota divulgada pela Farnesina.
O governador da Lombardia, Roberto Maroni, afirmou que entrou em contato com o prefeito de Ticino, Paolo Beltraminelli, e disse que irá "vigiar para que o referendo não se traduza em uma lesão aos direitos dos cidadãos da Lombardia".
"Nos encontraremos na próxima semana para entender o que vai acontecer e para definir, de nossa parte, as iniciativas para garantir a livre circulação e defender os direitos dos trabalhadores lombardos. Eles são trabalhadores, não imigrantes clandestinos", disse Maroni através das redes sociais. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
Neste domingo (25), os moradores da região de Ticino, que fica na fronteira com a Itália e é conhecido como o cantão italiano no país, aprovaram em referendo um projeto que pretende "privilegiar" aqueles que moram em território suíço. Atualmente, 62 mil italianos atravessam a fronteira todos os dias para trabalhar na Suíça.
Segundo Schinas, "o referendo não tonará mais fácil as negociações" que já estão em curso entre a União Europeia e o governo suíço para enfrentar as consequências de outro referendo, desta vez nacional, realizado há dois anos que já pedia a imposição de limites de trabalhadores estrangeiros nos países europeus.
"O presidente [da Comissão] Jean-Claude Juncker esclareceu mais de uma vez que as quatro liberdades fundamentais do mercado único são inseparáveis, coisa que no contexto suíço significa que a liberdade de circulação de trabalhadores é fundamental", acrescentou o porta-voz.
Lembrando que o referendo de Ticino "ainda precisa de aprovação do governo", Schinas acrescentou que mais uma rodada de negociação está agendada para o fim do mês de outubro.
Quem voltou a falar sobre o tema, agora de maneira oficial, foi o ministro das Relações Exteriores da Itália, Paolo Gentiloni, após conversar por telefone com seu homólogo suíço, Didier Burkhalter.
De acordo com o chanceler italiano, o suíço afirmou que não haverá "consequências imediatas" para os trabalhadores italianos e que a lei sobre as normas para estrangeiros ainda está em análise no Parlamento. Por sua vez, Gentiloni destacou que "qualquer discriminação na relação com os fronteiriços será um impedimento" nas negociações que ocorrem entre UE e Suíça.
"A Itália está empenhada em ajudar em tal entendimento [entre UE e Suíça], que deve ser baseado sob os comuns interesses econômicos e sobre o comum reconhecimento do princípio da liberdade de circulação de pessoas", disse ainda o ministro em nota divulgada pela Farnesina.
O governador da Lombardia, Roberto Maroni, afirmou que entrou em contato com o prefeito de Ticino, Paolo Beltraminelli, e disse que irá "vigiar para que o referendo não se traduza em uma lesão aos direitos dos cidadãos da Lombardia".
"Nos encontraremos na próxima semana para entender o que vai acontecer e para definir, de nossa parte, as iniciativas para garantir a livre circulação e defender os direitos dos trabalhadores lombardos. Eles são trabalhadores, não imigrantes clandestinos", disse Maroni através das redes sociais. (ANSA)
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