Especial/Reveja as 'reflexões do companheiro Fidel'
HAVANA, 26 NOV (ANSA) - Fidel Castro começou a escrever em março de 2007 análises sobre diversos temas, tanto nacionais como internacionais, em uma coluna que batizou como "Reflexões do companheiro Fidel".
Publicados pela imprensa local, os textos expuseram seus pontos de vista sobre biocombustíveis, meio ambiente, Estados Unidos e sua conduta internacional, crise financeira e assuntos internos cubanos.
"Não iniciei esse trabalho como parte de um plano elaborado previamente, mas sim por um forte desejo de me comunicar", explicou o ex-líder em um dos artigos, sempre escritos do lugar onde se manteve afastado de aparições públicas desde julho de 2006.
Confira abaixo algumas das ideias publicadas por Fidel em cerca de 200 textos: 29 de março de 2007 - Fidel publica seu primeiro artigo no "Granma" e ataca a política de biocombustíveis dos Estados Unidos.
11 de abril de 2007 - Em seu terceiro texto em menos de duas semanas, o ex-presidente acusa o então mandatário dos Estados Unidos, George W. Bush, de determinar a libertação de Luis Posada Carriles, um cubano-americano considerado por Havana como terrorista.
23 de maio de 2007 - Em sua 11ª reflexão, Fidel se refere pela primeira vez a sua saúde, revelando que havia sido operado diversas vezes desde que estava doente.
11 de setembro de 2007 - Seis anos após os atentados de 2001, Fidel acusa os Estados Unidos de mentirem sobre os atentados e de promoverem uma "desinformação deliberada", se contrapondo à "verdade da revolução". "Hoje se completa seis anos daquele doloroso episódio. Hoje se sabe que houve desinformação deliberada", escreveu na nota "O Império e a mentira".
8 de outubro de 2007 - "Faço uma trégua no combate diário para me inclinar, com respeito e gratidão, perante um combatente excepcional que caiu em um 8 de outubro de 40 anos atrás", escreveu Fidel sobre Che Guevara.
16 de janeiro de 2008 - O ex-presidente volta a abordar seu estado de saúde. "Faço o que posso: escrevo". Também se lamenta que "escrever não é o mesmo que falar" e que não desfrute mais "da capacidade física necessária para falar diretamente aos vizinhos".
22 de fevereiro de 2008 - Após renunciar ao comando do país, Fidel rechaça os pedidos de mudança que, segundo ele, chegavam de Washington. "Meio século de bloqueio parecia pouco para eles.
Mudança, mudança, mudança!, gritavam em uníssono. Estou de acordo, mudança! Mas nos Estados Unidos. Cuba mudou faz tempo e seguirá seu rumo. Não voltará jamais ao passado!, exclama nosso povo." 21 de abril de 2008 - Fidel elogia o papa Bento XVI por sua mensagem a favor da paz pronunciada em visita aos Estados Unidos.
18 de julho de 2008 - Pede ao "verdadeiro revolucionário" que assuma a lição "permanente" de praticar a "sinceridade e o valor da humildade".
20 de julho de 2008 - Afirma que a educação em Cuba não está "tão mal" e critica quem apresenta as "autocríticas" cubanas como "tragédias".
17 de setembro de 2008 - Após a passagem de dois furacões pelo país, diz que Cuba seguirá negando doações dos Estados Unidos e que a dignidade de uma nação não tem preço.
20 de setembro de 2008 - Fidel escreve que entre os males que "prejudicam a revolução" estão tanto os que roubam quanto os que desfrutam de "privilégios conscientes ou tolerados" por "aparatos de Estado".
16 de outubro de 2008 - O ex-presidente diz que o então primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, "foi longe demais" ao elogiar George W. Bush em visita à Casa Branca.
4 de dezembro de 2008 - Escreve que, com o presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, "é possível conversar", mas adverte que os "direitos soberanos do povo cubano não são negociáveis". As reflexões de Fidel passaram a ser cada vez mais esporádicas daí em diante, principalmente a partir de 2013, mas ele continuou recebendo personalidades que visitavam Cuba até seus últimos meses de vida. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
Publicados pela imprensa local, os textos expuseram seus pontos de vista sobre biocombustíveis, meio ambiente, Estados Unidos e sua conduta internacional, crise financeira e assuntos internos cubanos.
"Não iniciei esse trabalho como parte de um plano elaborado previamente, mas sim por um forte desejo de me comunicar", explicou o ex-líder em um dos artigos, sempre escritos do lugar onde se manteve afastado de aparições públicas desde julho de 2006.
Confira abaixo algumas das ideias publicadas por Fidel em cerca de 200 textos: 29 de março de 2007 - Fidel publica seu primeiro artigo no "Granma" e ataca a política de biocombustíveis dos Estados Unidos.
11 de abril de 2007 - Em seu terceiro texto em menos de duas semanas, o ex-presidente acusa o então mandatário dos Estados Unidos, George W. Bush, de determinar a libertação de Luis Posada Carriles, um cubano-americano considerado por Havana como terrorista.
23 de maio de 2007 - Em sua 11ª reflexão, Fidel se refere pela primeira vez a sua saúde, revelando que havia sido operado diversas vezes desde que estava doente.
11 de setembro de 2007 - Seis anos após os atentados de 2001, Fidel acusa os Estados Unidos de mentirem sobre os atentados e de promoverem uma "desinformação deliberada", se contrapondo à "verdade da revolução". "Hoje se completa seis anos daquele doloroso episódio. Hoje se sabe que houve desinformação deliberada", escreveu na nota "O Império e a mentira".
8 de outubro de 2007 - "Faço uma trégua no combate diário para me inclinar, com respeito e gratidão, perante um combatente excepcional que caiu em um 8 de outubro de 40 anos atrás", escreveu Fidel sobre Che Guevara.
16 de janeiro de 2008 - O ex-presidente volta a abordar seu estado de saúde. "Faço o que posso: escrevo". Também se lamenta que "escrever não é o mesmo que falar" e que não desfrute mais "da capacidade física necessária para falar diretamente aos vizinhos".
22 de fevereiro de 2008 - Após renunciar ao comando do país, Fidel rechaça os pedidos de mudança que, segundo ele, chegavam de Washington. "Meio século de bloqueio parecia pouco para eles.
Mudança, mudança, mudança!, gritavam em uníssono. Estou de acordo, mudança! Mas nos Estados Unidos. Cuba mudou faz tempo e seguirá seu rumo. Não voltará jamais ao passado!, exclama nosso povo." 21 de abril de 2008 - Fidel elogia o papa Bento XVI por sua mensagem a favor da paz pronunciada em visita aos Estados Unidos.
18 de julho de 2008 - Pede ao "verdadeiro revolucionário" que assuma a lição "permanente" de praticar a "sinceridade e o valor da humildade".
20 de julho de 2008 - Afirma que a educação em Cuba não está "tão mal" e critica quem apresenta as "autocríticas" cubanas como "tragédias".
17 de setembro de 2008 - Após a passagem de dois furacões pelo país, diz que Cuba seguirá negando doações dos Estados Unidos e que a dignidade de uma nação não tem preço.
20 de setembro de 2008 - Fidel escreve que entre os males que "prejudicam a revolução" estão tanto os que roubam quanto os que desfrutam de "privilégios conscientes ou tolerados" por "aparatos de Estado".
16 de outubro de 2008 - O ex-presidente diz que o então primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, "foi longe demais" ao elogiar George W. Bush em visita à Casa Branca.
4 de dezembro de 2008 - Escreve que, com o presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, "é possível conversar", mas adverte que os "direitos soberanos do povo cubano não são negociáveis". As reflexões de Fidel passaram a ser cada vez mais esporádicas daí em diante, principalmente a partir de 2013, mas ele continuou recebendo personalidades que visitavam Cuba até seus últimos meses de vida. (ANSA)
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