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Vítimas de tremor na Itália ajudam casal a recuperar aliança

20/02/2017 17h42

ROVIGO, 20 FEV (ANSA) - Uma singela história de solidariedade e fraternidade emocionou a Itália nesta segunda-feira, dia 20. Por problemas financeiros em casa, um casal italiano da cidade de San Bartolo, na província de Verona, decidiu vender suas alianças de casamento. O que os dois não imaginavam é que o padre do município realizaria uma campanha para arrecadar o dinheiro necessário para comprar novos anéis e que até vítimas dos últimos terremotos na Itália ajudariam. Diego, um italiano de 48 anos desempregado há quatro anos, e sua esposa, que trabalha como empregada doméstica e que não teve seu nome divulgado, estavam com grandes dificuldades financeiras e problemas em sustentar sua filha de oito anos. O casal já recebia ajuda da própria cidade para pagar algumas contas e da ONG Cáritas para receber alimentos, mas despesas diárias ainda eram difíceis de serem pagas. Por isso, decidiram vender suas alianças para conseguirem um pouco de dinheiro extra. Através de um amigo em comum do italiano, o padre Gianni Vettorello ficou sabendo da história e, tocado por ela, realizou uma campanha no Facebook para recolher fundos para que o casal conseguisse comprar de volta os anéis de casamento. Em poucos dias, o montante necessário foi arrecadado, graças também à generosidade de algumas das vítimas atingidas pelo terremoto do ano passado na região de Abruzos, que decidiram devolver um pouco da ajuda recebida por eles até então para o casal.   


Com o dinheiro em mãos, os italianos tentaram, em vão, recuperar as alianças, que já haviam sido vendidas. No entanto, Vettorello não desistiu de ajudar os dois e lançou mais uma campanha, desta vez para ele mesmo comprar um novo par de anéis, que foram doados com sucesso para a família de San Bartolo no último sábado (18). "Nestas alianças está unida a generosidade de quem quis doar objetos de ouro, de quem quis contribuir com seu próprio dinheiro", disse o padre na sua conta no Facebook. "Os anéis voltaram, os alimentos foram entregues, as ofertas em dinheiro foram recolhidas, falta agora apenas a coisa mais importante e decisiva para esta família: um trabalho", afirmou Vettorello. Segundo o pároco, "o trabalho é dignidade, o trabalho é saúde e harmonia, o trabalho é poder sair de manhã com a cabeça erguida e poder voltar para ela de tarde cansados, mas orgulhosos por ter colocado na mesa o pão, não fruto de esmola, mas fruto do próprio trabalho". (ANSA)
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