Milão abre investigação contra dono da Vivendi por Mediaset
MILÃO, 24 FEV (ANSA) - A Procuradoria de Milão abriu uma investigação por agiotagem contra o presidente do grupo de comunicação francês Vivendi, Vincent Bollorè, pela compra de 28% das ações do grupo italiano Mediaset, informou a mídia italiana nesta sexta-feira (24).
Segundo os jornais, a ação é derivada de uma denúncia apresentada pelo grupo do ex-premier Silvio Berlusconi, que detém 40% das ações.
Para a Fininvest, holding da família Berlusconi, o grupo francês "criou condições" para "causar a queda dos títulos Mediaset" para depois lançar uma escalada "com preços com desconto". Tudo isso, para os italianos, foi uma ação contrária a um contrato assinado entre as partes, meses antes, sobre a venda do Mediaset Premium.
Além de Bollorè, também o CEO da Vivendi, Arnaud De Puyfontaine, está sendo investigado pela mesma acusação. Assim que saiu a notícia da ação da Procuradoria, o CEO deu uma entrevista ao "Les Echos", em que defendeu as ações de sua empresa.
"Queríamos fechar um acordo com a Mediaset e sempre quisemos fechá-lo. Mas, as informações apresentadas pela Mediaset sobre a Mediaset Premium eram diferentes da realidade", disse o francês.
Puyfontaine ainda destacou que "hoje não temos mais conversas, mas refletimos sobre diversos cenários". "Detemos pouco menos de 30% do capital e dos direitos de voto. Não temos a necessidade dos 100% e podemos ficar muito bem como acionistas minoritários.
O importante é uma parceria construtiva", finalizou.
- Entenda o caso: Em dezembro do ano passado, começou uma escalada de compra de ações dos franceses, que detinham cerca de 3,5% das ações da Mediaset. Em três dias, eles passaram desse pequeno percentual para cerca de 28% das ações, ficando atrás apenas da Fininvest - que tem pouco mais de 40%.
Tudo isso ocorre em meio a uma ação judicial da Mediaset contra a Vivendi. As duas empresas assinaram um acordo no início deste ano em que se comprometiam a comprar 3,5% das ações de cada uma e que os franceses comprariam a divisão de televisão paga dos italianos, a Mediaset Premium. No entanto, após o acordo ser assinado, a Vivendi solicitou alterações no contrato, causando a ira da empresa de Berlusconi, que entrou com uma ação na Procuradoria de Milão - em um processo que promete se arrastar por muito tempo. E, por causa da compra de ações de dezembro, ainda naquele mesmo mês, a Fininvest entrou com outro pedido na Procuradoria contra os franceses. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
Segundo os jornais, a ação é derivada de uma denúncia apresentada pelo grupo do ex-premier Silvio Berlusconi, que detém 40% das ações.
Para a Fininvest, holding da família Berlusconi, o grupo francês "criou condições" para "causar a queda dos títulos Mediaset" para depois lançar uma escalada "com preços com desconto". Tudo isso, para os italianos, foi uma ação contrária a um contrato assinado entre as partes, meses antes, sobre a venda do Mediaset Premium.
Além de Bollorè, também o CEO da Vivendi, Arnaud De Puyfontaine, está sendo investigado pela mesma acusação. Assim que saiu a notícia da ação da Procuradoria, o CEO deu uma entrevista ao "Les Echos", em que defendeu as ações de sua empresa.
"Queríamos fechar um acordo com a Mediaset e sempre quisemos fechá-lo. Mas, as informações apresentadas pela Mediaset sobre a Mediaset Premium eram diferentes da realidade", disse o francês.
Puyfontaine ainda destacou que "hoje não temos mais conversas, mas refletimos sobre diversos cenários". "Detemos pouco menos de 30% do capital e dos direitos de voto. Não temos a necessidade dos 100% e podemos ficar muito bem como acionistas minoritários.
O importante é uma parceria construtiva", finalizou.
- Entenda o caso: Em dezembro do ano passado, começou uma escalada de compra de ações dos franceses, que detinham cerca de 3,5% das ações da Mediaset. Em três dias, eles passaram desse pequeno percentual para cerca de 28% das ações, ficando atrás apenas da Fininvest - que tem pouco mais de 40%.
Tudo isso ocorre em meio a uma ação judicial da Mediaset contra a Vivendi. As duas empresas assinaram um acordo no início deste ano em que se comprometiam a comprar 3,5% das ações de cada uma e que os franceses comprariam a divisão de televisão paga dos italianos, a Mediaset Premium. No entanto, após o acordo ser assinado, a Vivendi solicitou alterações no contrato, causando a ira da empresa de Berlusconi, que entrou com uma ação na Procuradoria de Milão - em um processo que promete se arrastar por muito tempo. E, por causa da compra de ações de dezembro, ainda naquele mesmo mês, a Fininvest entrou com outro pedido na Procuradoria contra os franceses. (ANSA)
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