Conheça a ilha de Elba, que 'escondeu' Napoleão na Itália
SÃO PAULO, 25 FEV (ANSA) - Uma das ilhas mais bonitas da Itália, a ilha de Elba é palco de um dos capítulos mais importantes da história da Europa no início do século 17: o exílio do então imperador Napoleão Bonaparte.
Elba fica na região da Toscana, sendo a terceira maior ilha da Itália em território, e tem cerca de 30 mil habitantes.
A história do francês com o local começa em 1814. Após perder uma batalha contra os russos - e colocar boa parte dos países europeus contra ele -, Napoleão tentou fazer um acordo para colocar seu filho no trono europeu. Como a medida não foi aceita, ele renunciou ao posto - abdicando de todos os seus poderes na França - e deixou seu país.
Como opções, ele tinha a ilha de Corfú, na Grécia, e a ilha de Elba, na Itália. O clima amistoso fez com que o ex-imperador fosse para o território italiano, que tornou-se principado durante seus cerca de 10 meses de estadia.
Um dos maiores estrategistas militares da história chegou à Elba no dia 3 de maio de 1814 a bordo da fragata "Undaunted". No entanto, temendo não ser bem recebido pela população local, um medo que desapareceu completamente durante sua estadia, ele desembarcou apenas no dia seguinte do navio de maneira discreta.
Assim que chegou ao porto de Portoferraio, ele recebeu as chaves da cidade e já assumiu o posto de rei: ordenou reformas na infraestrutura, criação de agrupamentos militares, entre outras medidas para os moradores de Elba.
E é a partir dali que muitos turistas começam o tour pelos pontos históricos da ilha. Um dos principais locais a serem visitados é a "Villa dei Mulini", que serviu de residência para o imperador durante sua estadia após ele "detestar" a primeira moradia, o "Palazzo Comunale".
Apesar de se chamar "Vila dos Moinhos", quando Napoleão chegou à residência, as estruturas já não existiam mais. Haviam sido destruídas anos antes pelos proprietários. Atualmente, a vila é o Museu Nacional das Residências Napoleônicas e conta a história tanto da moradia - que inclui mais uma casa construída para a mãe dele - como dos meses em que o francês morou em terras italianas.
Além da estrutura, é possível visitar os "Giardini della Palazzina". A área verde foi projetada pessoalmente pelo francês, que amava ter um "belo panorama" para olhar.
Outro ponto interessante da visita é a ida até a antiga igreja paroquial, atualmente o Duomo de Portoferraio. Construído em 1554, o local celebrou a primeira missa a qual Napoleão participou como rei da ilha italiana em 4 de maio de 1814.
Um dos pontos turísticos imperdíveis da ilha de Elba é a "Villa di San Martino", onde Napoleão mandou construir sua casa de Verão e seu "ninho de amor" com a esposa Maria Luisa - que acabou nunca indo para a cidade italiana.
A cinco quilômetros do centro de Portoferraio, a belíssima vila tem horários definidos para a visitação e cobra cinco euros para a visita. É possível conhecer o interior do local, suas dezenas de salas e fazer um passeio pela galeria de arte, a Demidoff.
Outros pontos que valem a visita em Portoferraio é a "Chiesa del Carmine", construída em 1618 e transformada em teatro por Napoleão, e a Igreja da Misericórdia, erguida em 1677 e que conserva as relíquias de San Cristino, padroeiro da localidade.
Também vale a visita o Santuário da "Madonna del Monte", onde Napoleão foi a uma missa, escondido, com sua amante, Maria Waleswska. A data da construção é incerta, com registros a partir do século 16. Durante uma reforma em 1995, foram encontrados afrescos atrás do altar referentes a Sodoma pintados nos anos 1500.
Ao lado da última igreja, ainda há o Museu das Relíquias Napoleônicas, que guarda um verdadeiro tesouro com máscaras, vasos e uma bandeira feita com fios de ouro que foi usada durante a chegada de Napoleão à ilha.
Os museus de Elba cobram entre um e sete euros cada visita.
Mas, para quem quer fazer um tour em outros pontos históricos da ilha de Elba a um preço menor, há o "Portoferraio Card". Com 10 euros, é possível visitar o Museo della Linguella, Fortezze e Forte Falcone, Teatro dei Vigilanti e a Vila Romana das Grutas - outras preciosidades da histórica localidade. O Museu della Linguella, por exemplo, tem relíquias da época etrusca, com peças datadas do século VII a.C.
Para quem quer aproveitar uma experiência histórica ainda em 2017, todo ano, no dia 5 de maio, é realizada uma missa em memória a Napoleão na Igreja da 'Reverenda Misericordia' em Portoferraio. Além disso, durante o mês de chegada do imperador, são celebradas festas e eventos para lembrar a estadia de Napoleão na cidade, com encenações da época de reinado. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
Elba fica na região da Toscana, sendo a terceira maior ilha da Itália em território, e tem cerca de 30 mil habitantes.
A história do francês com o local começa em 1814. Após perder uma batalha contra os russos - e colocar boa parte dos países europeus contra ele -, Napoleão tentou fazer um acordo para colocar seu filho no trono europeu. Como a medida não foi aceita, ele renunciou ao posto - abdicando de todos os seus poderes na França - e deixou seu país.
Como opções, ele tinha a ilha de Corfú, na Grécia, e a ilha de Elba, na Itália. O clima amistoso fez com que o ex-imperador fosse para o território italiano, que tornou-se principado durante seus cerca de 10 meses de estadia.
Um dos maiores estrategistas militares da história chegou à Elba no dia 3 de maio de 1814 a bordo da fragata "Undaunted". No entanto, temendo não ser bem recebido pela população local, um medo que desapareceu completamente durante sua estadia, ele desembarcou apenas no dia seguinte do navio de maneira discreta.
Assim que chegou ao porto de Portoferraio, ele recebeu as chaves da cidade e já assumiu o posto de rei: ordenou reformas na infraestrutura, criação de agrupamentos militares, entre outras medidas para os moradores de Elba.
E é a partir dali que muitos turistas começam o tour pelos pontos históricos da ilha. Um dos principais locais a serem visitados é a "Villa dei Mulini", que serviu de residência para o imperador durante sua estadia após ele "detestar" a primeira moradia, o "Palazzo Comunale".
Apesar de se chamar "Vila dos Moinhos", quando Napoleão chegou à residência, as estruturas já não existiam mais. Haviam sido destruídas anos antes pelos proprietários. Atualmente, a vila é o Museu Nacional das Residências Napoleônicas e conta a história tanto da moradia - que inclui mais uma casa construída para a mãe dele - como dos meses em que o francês morou em terras italianas.
Além da estrutura, é possível visitar os "Giardini della Palazzina". A área verde foi projetada pessoalmente pelo francês, que amava ter um "belo panorama" para olhar.
Outro ponto interessante da visita é a ida até a antiga igreja paroquial, atualmente o Duomo de Portoferraio. Construído em 1554, o local celebrou a primeira missa a qual Napoleão participou como rei da ilha italiana em 4 de maio de 1814.
Um dos pontos turísticos imperdíveis da ilha de Elba é a "Villa di San Martino", onde Napoleão mandou construir sua casa de Verão e seu "ninho de amor" com a esposa Maria Luisa - que acabou nunca indo para a cidade italiana.
A cinco quilômetros do centro de Portoferraio, a belíssima vila tem horários definidos para a visitação e cobra cinco euros para a visita. É possível conhecer o interior do local, suas dezenas de salas e fazer um passeio pela galeria de arte, a Demidoff.
Outros pontos que valem a visita em Portoferraio é a "Chiesa del Carmine", construída em 1618 e transformada em teatro por Napoleão, e a Igreja da Misericórdia, erguida em 1677 e que conserva as relíquias de San Cristino, padroeiro da localidade.
Também vale a visita o Santuário da "Madonna del Monte", onde Napoleão foi a uma missa, escondido, com sua amante, Maria Waleswska. A data da construção é incerta, com registros a partir do século 16. Durante uma reforma em 1995, foram encontrados afrescos atrás do altar referentes a Sodoma pintados nos anos 1500.
Ao lado da última igreja, ainda há o Museu das Relíquias Napoleônicas, que guarda um verdadeiro tesouro com máscaras, vasos e uma bandeira feita com fios de ouro que foi usada durante a chegada de Napoleão à ilha.
Os museus de Elba cobram entre um e sete euros cada visita.
Mas, para quem quer fazer um tour em outros pontos históricos da ilha de Elba a um preço menor, há o "Portoferraio Card". Com 10 euros, é possível visitar o Museo della Linguella, Fortezze e Forte Falcone, Teatro dei Vigilanti e a Vila Romana das Grutas - outras preciosidades da histórica localidade. O Museu della Linguella, por exemplo, tem relíquias da época etrusca, com peças datadas do século VII a.C.
Para quem quer aproveitar uma experiência histórica ainda em 2017, todo ano, no dia 5 de maio, é realizada uma missa em memória a Napoleão na Igreja da 'Reverenda Misericordia' em Portoferraio. Além disso, durante o mês de chegada do imperador, são celebradas festas e eventos para lembrar a estadia de Napoleão na cidade, com encenações da época de reinado. (ANSA)
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