Israel anuncia construção de novo assentamento na Cisjordânia
TEL AVIV, 31 MAR (ANSA) - O governo de Israel aprovou a construção de um novo assentamento na Cisjordânia nesta quinta-feira (30) destinado aos ex-habitantes da colônia judaica de Amona, que foi destruída em fevereiro por uma decisão judicial da Suprema Corte do país. Em pouco tempo, o anúncio do novo assentamento, que será o primeiro a ser construído nos territórios ocupados pelos palestinos em mais de 20 anos, desencadeou críticas de autoridades palestinas e internacionais, como da Organização das Nações Unidas (ONU), que já se mostrou contrária às colônias israelenses em mais de uma ocasião, e até dos Estados Unidos, considerado o maior "aliado" de Israel no Ocidente. Mesmo assim, a decisão foi tomada unanimemente pelo gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu como um gesto de "boa vontade" ao governo do presidente norte-americano, Donald Trump.
Segundo o jornal israelense "Haaretz", o premier disse, durante a reunião com sua administração, que a construção de um novo assentamento é uma resposta à abstenção dos EUA em uma assembleia da ONU sobre as colônias de Israel em território palestino, na qual o país ainda era comandado pelo mandatário Barack Obama, e ao pedido de Trump de "segurar" a criação dessas colônias em encontro com Netanyahu na Casa Branca. Além da nova colônia, que segundo a promessa de Netanyahu será um novo lar para todas as cerca de 40 mil famílias israelenses que foram despejadas do assentamento de Amona, Israel também anunciou que 2 mil novas casas serão construídas em assentamentos já existentes na Cisjordânia e que quase 222 acres de território da região de West Bank serão registrados como terra do Estado. Sobre o assunto, um funcionário da Casa Branca, que não quis se identificar, afirmou que "o presidente Donald Trump, tanto em público como em privado, mostrou sua preocupação em relação às colônias. Se a existência de assentamentos não é um empecilho para a paz, sua expansão sem restrições não ajuda no avanço dela". Já para a organização internacional, a notícia desta quinta vinda de Israel é preocupante. Em nota, o porta-voz da instituição, Stèphane Dujarric, disse que o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, viu a decisão de Israel com "desilusão e alarme". O português também condenou "todo ato unilateral que, como o adotado, ameaça a paz e ameaça a solução dos dois Estados", ideia que é a favor de dar a nomenclatura de país à Palestina. Já as autoridades palestinas também criticaram a notícia. Para Hannan Ashrawi, da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), o governo de Netanyahu "insiste" com sua política de "colonialismo, aparttheid e limpeza étnica". O porta-voz do governo de Ramallah, na Cisjordânia, Yusuf Mahmoud, por sua vez, denunciou a "escalada da ocupação do governo israelense". "Sob o pretexto de limitar, o governo de Israel esboçou uma política que permitirá continuar expandindo os assentamentos sem nenhuma limitação", disse, em comunicado, a organização Peace Now. Cerca de 420 mil israelenses vivem em assentamentos judeus na Cisjordânia, que são considerados ilegais pela comunidade internacional. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
Segundo o jornal israelense "Haaretz", o premier disse, durante a reunião com sua administração, que a construção de um novo assentamento é uma resposta à abstenção dos EUA em uma assembleia da ONU sobre as colônias de Israel em território palestino, na qual o país ainda era comandado pelo mandatário Barack Obama, e ao pedido de Trump de "segurar" a criação dessas colônias em encontro com Netanyahu na Casa Branca. Além da nova colônia, que segundo a promessa de Netanyahu será um novo lar para todas as cerca de 40 mil famílias israelenses que foram despejadas do assentamento de Amona, Israel também anunciou que 2 mil novas casas serão construídas em assentamentos já existentes na Cisjordânia e que quase 222 acres de território da região de West Bank serão registrados como terra do Estado. Sobre o assunto, um funcionário da Casa Branca, que não quis se identificar, afirmou que "o presidente Donald Trump, tanto em público como em privado, mostrou sua preocupação em relação às colônias. Se a existência de assentamentos não é um empecilho para a paz, sua expansão sem restrições não ajuda no avanço dela". Já para a organização internacional, a notícia desta quinta vinda de Israel é preocupante. Em nota, o porta-voz da instituição, Stèphane Dujarric, disse que o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, viu a decisão de Israel com "desilusão e alarme". O português também condenou "todo ato unilateral que, como o adotado, ameaça a paz e ameaça a solução dos dois Estados", ideia que é a favor de dar a nomenclatura de país à Palestina. Já as autoridades palestinas também criticaram a notícia. Para Hannan Ashrawi, da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), o governo de Netanyahu "insiste" com sua política de "colonialismo, aparttheid e limpeza étnica". O porta-voz do governo de Ramallah, na Cisjordânia, Yusuf Mahmoud, por sua vez, denunciou a "escalada da ocupação do governo israelense". "Sob o pretexto de limitar, o governo de Israel esboçou uma política que permitirá continuar expandindo os assentamentos sem nenhuma limitação", disse, em comunicado, a organização Peace Now. Cerca de 420 mil israelenses vivem em assentamentos judeus na Cisjordânia, que são considerados ilegais pela comunidade internacional. (ANSA)
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