Procurador que polemizou sobre ONG será investigado na Itália
PALERMO, 28 ABR (ANSA) - O Conselho Superior da Magistratura (CSM) da Itália anunciou nesta sexta-feira (28) que abriu uma investigação contra o procurador da República de Catânia, Carmelo Zuccaro, que sugeriu que ONGs que atuam no resgate de imigrantes no Mar Mediterrâneo sejam financiadas por traficantes.
"Depois de ouvir o chefes de cortes e o presidente da primeira comissão, Giuseppe Fanfani, submeterei o caso ao exame do comitê de presidência na primeira sessão útil, marcada para a quarta-feira, 3 de maio", informou o vice-presidente do CSM, Giovanni Legnini.
Em uma entrevista à "RaiTre", Zuccaro afirmou que em sua visão, "algumas ONGs podem estar sendo financiadas por traficantes" e que "a coisa pode ser ainda mais inquietante, se algumas ONGs perseguirem outras finalidades: desestabilizar a economia italiana para tirar vantagem".
Apesar de ter recuado de sua acusação, horas após a divulgação da matéria, o caso foi duramente criticado por ministros italianos. Entre eles, o titular da pasta da Justiça, Andrea Orlando, destacou que esse tipo de generalização é inaceitável.
"Não pode haver generalização, mas sim, é preciso investigar. Se alguém precisar ser punido, será punido. A discussão sobre o caráter geral são úteis se produzirem também fatos concretos e sentenças", destacou.
Entre 1º de janeiro e 23 de abril de 2017, foram 36,8 mil, contra 25,3 mil no mesmo período do ano passado, uma alta de 45%, segundo dados da Organização Internacional para as Migrações (OIM). Além disso, mais de 1 mil pessoas morreram ou desapareceram durante a travessia. Nos últimos meses de 2016, cerca de 40% dos resgates no Mediterrâneo Central foram feitos por ONGs. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
"Depois de ouvir o chefes de cortes e o presidente da primeira comissão, Giuseppe Fanfani, submeterei o caso ao exame do comitê de presidência na primeira sessão útil, marcada para a quarta-feira, 3 de maio", informou o vice-presidente do CSM, Giovanni Legnini.
Em uma entrevista à "RaiTre", Zuccaro afirmou que em sua visão, "algumas ONGs podem estar sendo financiadas por traficantes" e que "a coisa pode ser ainda mais inquietante, se algumas ONGs perseguirem outras finalidades: desestabilizar a economia italiana para tirar vantagem".
Apesar de ter recuado de sua acusação, horas após a divulgação da matéria, o caso foi duramente criticado por ministros italianos. Entre eles, o titular da pasta da Justiça, Andrea Orlando, destacou que esse tipo de generalização é inaceitável.
"Não pode haver generalização, mas sim, é preciso investigar. Se alguém precisar ser punido, será punido. A discussão sobre o caráter geral são úteis se produzirem também fatos concretos e sentenças", destacou.
Entre 1º de janeiro e 23 de abril de 2017, foram 36,8 mil, contra 25,3 mil no mesmo período do ano passado, uma alta de 45%, segundo dados da Organização Internacional para as Migrações (OIM). Além disso, mais de 1 mil pessoas morreram ou desapareceram durante a travessia. Nos últimos meses de 2016, cerca de 40% dos resgates no Mediterrâneo Central foram feitos por ONGs. (ANSA)
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