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Mais de 30 pessoas morrem em novo naufrágio no Mediterrâneo

24/05/2017 12h39

ROMA, 24 MAI (ANSA) - Na enésima tragédia de imigrantes no Mar Mediterrâneo, um novo naufrágio deixou ao menos 31 mortos nesta quarta-feira (24).   

De acordo com informações do centro operacional da Guarda Costeira da Itália, o acidente ocorreu a 30 milhas da costa da Líbia, na altura do porto de Zuara, e o número de deslocados que estava na embarcação é incerto.   

O temor das autoridades é que cerca de 500 pessoas estivessem no barco no momento do acidente.   

Três navios que estão próximos ao local da tragédia ajudam no resgate dos imigrantes e dezenas deles foram retirados da água com vida, mas entre os corpos vistos no local, grande parte deles são de crianças.   

O fundador da ONG Moas, Chris Catrambone, postou imagens e vídeos dos resgates em sua conta no Twitter. "Não é uma cena de filme de terror, mas uma tragédia da vida real que ocorre às portas da Europa", escreveu em um dos tuítes. A Moas é uma das entidades que forneceu um barco para ajudar no resgate.   

Apesar do número de imigrantes que tentam a vida na Europa atravessando o Mar Mediterrâneo ter despencado na comparação com os dois anos anteriores, na Itália, a situação continua dramática, com dados que aumentam diariamente.   

Nesta terça-feira (23), o Ministério do Interior divulgou um balanço atualizado sobre a quantidade de pessoas que chegaram ao país pela rota marítima. Até o dia 23 de maio, 50.039 imigrantes chegaram à Itália - contra 34.236 que chegaram no mesmo período do ano passado - em uma alta de 46,16%.   

Esses estrangeiros vêm da Nigéria (6.577), Bangladesh (5.702), Guiné (4.736), Costa do Marfim (4.498), Gâmbia (3.341), Senegal (3.173) e Marrocos (3.058).   

Já os dados da Organização Internacional para as Migrações (OIM), com dados até o dia 21 de maio, informam que 1.252 pessoas morreram ou desapareceram na travessia entre o norte da África e a Itália.   

Para se ter ideia, a Grécia recebeu 6.395 imigrantes até maio contra os 156.067 que recebeu no mesmo período do ano passado.   

(ANSA)
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