Aos 83, morre o ex-ditador do Panamá Manuel Noriega
CIDADE DO PANAMÁ, 30 MAI (ANSA) - Morreu na noite da última segunda-feira (29), aos 83 anos, o ex-presidente do Panamá Manuel Antonio Noriega (1983-1989), que cumpria pena por violações dos direitos humanos e por ordenar a morte de adversários.
Ele havia sido submetido a uma operação no cérebro no início de março, quando sofreu uma hemorragia que deteriorou seu estado de saúde. Desde então, o ex-ditador estava internado na unidade de terapia intensiva (UTI).
Figura-chave nas relações entre Estados Unidos e América Central, o ex-mandatário foi informante da CIA durante a Guerra Fria e se tornou homem forte das Forças Armadas panamenhas durante a década de 1960, caindo nas graças do então líder militar do país, Omar Torrijos.
Após a morte deste último, em 1981, Noriega se tornou chefe das forças de defesa e, dois anos depois, deu um golpe de Estado e virou o líder de fato do Panamá, implantando uma ditadura na nação latina. Além de ter colaborado com a CIA, apoiou operações norte-americanas contra guerrilhas de inspiração marxista em Nicarágua e El Salvador.
Nos anos em que liderou o Panamá, conquistou cada vez mais poder político e passou a assumir uma posição contrária aos Estados Unidos, que acabaram invadindo o país em 1989, após a morte de um militar, e derrubaram o presidente.
Desde 1987, Washington já não apoiava mais seu "amigo sincero", que era acusado de envolvimento com o tráfico de drogas. Noriega foi condenado a 40 anos de prisão por narcotráfico e lavagem de dinheiro e descontou metade da pena nos EUA e na França, que o extraditou para o Panamá em 2011.
Em seu país, o ex-presidente foi condenado por violações dos direitos humanos e por ter ordenado a morte de três opositores, totalizando uma pena de 60 anos de reclusão. "A morte de Manuel Noriega encerra um capítulo de nossa história; suas filhas e seus familiares merecem um enterro em paz", declarou o atual presidente panamenho, Juan Carlos Varela. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
Ele havia sido submetido a uma operação no cérebro no início de março, quando sofreu uma hemorragia que deteriorou seu estado de saúde. Desde então, o ex-ditador estava internado na unidade de terapia intensiva (UTI).
Figura-chave nas relações entre Estados Unidos e América Central, o ex-mandatário foi informante da CIA durante a Guerra Fria e se tornou homem forte das Forças Armadas panamenhas durante a década de 1960, caindo nas graças do então líder militar do país, Omar Torrijos.
Após a morte deste último, em 1981, Noriega se tornou chefe das forças de defesa e, dois anos depois, deu um golpe de Estado e virou o líder de fato do Panamá, implantando uma ditadura na nação latina. Além de ter colaborado com a CIA, apoiou operações norte-americanas contra guerrilhas de inspiração marxista em Nicarágua e El Salvador.
Nos anos em que liderou o Panamá, conquistou cada vez mais poder político e passou a assumir uma posição contrária aos Estados Unidos, que acabaram invadindo o país em 1989, após a morte de um militar, e derrubaram o presidente.
Desde 1987, Washington já não apoiava mais seu "amigo sincero", que era acusado de envolvimento com o tráfico de drogas. Noriega foi condenado a 40 anos de prisão por narcotráfico e lavagem de dinheiro e descontou metade da pena nos EUA e na França, que o extraditou para o Panamá em 2011.
Em seu país, o ex-presidente foi condenado por violações dos direitos humanos e por ter ordenado a morte de três opositores, totalizando uma pena de 60 anos de reclusão. "A morte de Manuel Noriega encerra um capítulo de nossa história; suas filhas e seus familiares merecem um enterro em paz", declarou o atual presidente panamenho, Juan Carlos Varela. (ANSA)
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