Cardeal tirado da Congregação para Doutrina da Fé ataca Papa
ROMA, 11 JUL (ANSA) - Removido do comando da influente Congregação para a Doutrina da Fé, o cardeal alemão Gerhard Ludwig Müller partiu para o ataque aberto contra o papa Francisco e disse ter sido vítima de um tratamento "inaceitável".
Em entrevista ao jornal "Passauer Neue Presse", Müller afirmou que "não pode aceitar esse modo de fazer as coisas", referindo-se à forma como o líder da Igreja Católica lhe comunicara sua saída do dicastério, em uma reunião breve e sem explicações, segundo o cardeal.
"Como bispo, o Papa não pode tratar as pessoas dessa maneira", acrescentou. A saída de Müller foi anunciada no último dia 1º de julho, na véspera da conclusão de seu mandato de cinco anos como prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, espécie de herdeira da Santa Inquisição e responsável por zelar pela tradição católica.
Em toda a história do órgão, nunca havia ocorrido uma não renovação de mandato, por isso a decisão causou bastante surpresa na Itália. Müller havia sido nomeado em 2012, por Bento XVI, e algumas vezes demonstrou posições contrárias à postura reformista de Francisco, principalmente em temas ligados à família.
O alemão foi substituído pelo jesuíta espanhol Luis Francisco Ladaria Ferrer, que também não é considerado um "progressista".
A decisão do Papa de trocar o comando da Congregação para a Doutrina da Fé teria sido motivada pelo excesso de exposição midiática de Müller e por problemas no funcionamento do dicastério. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
Em entrevista ao jornal "Passauer Neue Presse", Müller afirmou que "não pode aceitar esse modo de fazer as coisas", referindo-se à forma como o líder da Igreja Católica lhe comunicara sua saída do dicastério, em uma reunião breve e sem explicações, segundo o cardeal.
"Como bispo, o Papa não pode tratar as pessoas dessa maneira", acrescentou. A saída de Müller foi anunciada no último dia 1º de julho, na véspera da conclusão de seu mandato de cinco anos como prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, espécie de herdeira da Santa Inquisição e responsável por zelar pela tradição católica.
Em toda a história do órgão, nunca havia ocorrido uma não renovação de mandato, por isso a decisão causou bastante surpresa na Itália. Müller havia sido nomeado em 2012, por Bento XVI, e algumas vezes demonstrou posições contrárias à postura reformista de Francisco, principalmente em temas ligados à família.
O alemão foi substituído pelo jesuíta espanhol Luis Francisco Ladaria Ferrer, que também não é considerado um "progressista".
A decisão do Papa de trocar o comando da Congregação para a Doutrina da Fé teria sido motivada pelo excesso de exposição midiática de Müller e por problemas no funcionamento do dicastério. (ANSA)
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