Facebook e Twitter reconhecem influência russa em eleições
WASHINGTON, 1 NOV (ANSA) - Os diretores das redes sociais Facebook e Twitter e do site Google reconheceram que contas ligadas à Rússia influenciaram o resultado nas eleições presidenciais dos Estados Unidos em 2016.
Em depoimento ao Congresso nesta terça-feira (31), os representantes confirmaram que pessoas ligadas a Moscou criaram perfis e divulgaram matérias desde 2015 para tentar influenciar o pleito - e que isso continuou após a vitória de Donald Trump.
"Quando se trata das eleições de 2016, quero ser muito claro. A influência estrangeira que vimos é censurável e degradante e abre um novo campo de batalha para a nossa empresa e para nossa sociedade", disse o conselheiro-geral do Facebook, Colin Stretch.
Ele ainda confirmou que "agentes estrangeiros, escondidos por trás de contas falsas, abusaram da nossa plataforma para tentar semear divisão e discórdia" e reconheceu que isso foi um "ataque à democracia e uma violação de nossos valores".
O representante do Twitter, Sean Edgett, informou que a rede social fechou 2.752 contas vinculas a uma agência russa que promove posições do Kremlin e também ressaltou o "desafio" que há na plataforma para evitar a manipulação de eleições.
Por sua vez, o Google informou que detectou duas contas que resgataram quase US$ 5 mil me anúncios, e que estavam ligadas à Rússia, e que desativou 18 canais de vídeos que promoviam a candidatura pró-Trump.
- Casa Branca se defende: Enquanto ocorria o depoimento dos representantes dos gigantes da internet, a Casa Branca convocou uma coletiva de imprensa para falar sobre as acusações de um ex-voluntário da campanha do republicano George Papadopoulos.
O ex-membro se entregou à polícia após confessar que mentiu nas informações repassadas em depoimentos ao FBI. Segundo Papadopoulos, houve uma série de tentativas de marcar encontros com pessoas ligadas ao governo russo durante a campanha do republicano.
De acordo com a porta-voz de Washington, Sarah H. Sanders, há uma "obsessão" da mídia em cobrir o "Russiagate", mas "a investigação terminará em breve, sem atingir o governo de Trump".
Sanders destacou que se "ele mentiu, é um problema dele" e que a situação é um "claro exemplo de que uma pessoa fez uma coisa errada, enquanto a campanha do presidente fez a coisa certa".
Mais cedo, o governo russo já havia se manifestado afirmando serem "absurdas" as declarações de Papadopoulos. (ANSA)
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