ONU pede implementação imediata de trégua na Síria
ROMA, 26 FEV (ANSA) - Apesar das Nações Unidas decretarem uma trégua de 30 dias na guerra da Síria, novos ataques foram registrados nesta segunda-feira (26) na região de Ghouta Oriental, em Damasco, enquanto o secretário-geral da ONU descreve a violência na região como "inferno na Terra".
"Ghouta Oriental não pode esperar, é tempo de acabar com esse inferno na Terra", disse o secretário-geral da ONU, António Guterres, ao Conselho de Segurança da ONU, que iniciou sua principal sessão anual em Genebra. "Enquanto saúdo a adoção por parte do Conselho de Segurança da resolução sobre a cessação de hostilidades em toda a Síria durante pelo menos 30 dias, também digo que as resoluções só fazem sentido se são efetivamente implementadas", acrescentou.
Guterres reforçou que as forças do ditador Bashar al-Assad implementem o cessar-fogo, principalmente após o pedido feito por grandes potências durante o final de semana.
"É por isso que espero que a resolução seja implementada imediatamente e de maneira sustentada, particularmente para assegurar de forma imediata, segura e sem impedimentos a entrega contínua de ajuda e serviços humanitários, evacuar os doentes graves e os feridos e aliviar o sofrimento dos sírios", ressaltou o secretário-geral da ONU.
Ele ainda reiterou que a ONU está preparada para "desempenhar o seu papel" neste sentido, a fim de atender os sírios e enviar, através das suas agências humanitárias, a ajuda necessária às áreas cercadas e de difícil acesso.
Segundo o alto comissário da ONU para Direitos Humanos, Zeid Ra'ad al-Hussein, citando ativistas, os ataques aéreos registrados nesta manhã deixaram pelo menos nove pessoas mortas, entre elas três menores e uma mulher.
A imprensa local afirma que a ofensiva foi realizada por aviões russos. Nas últimas horas ocorreram bombardeios em outras partes de Ghouta Oriental, como a cidade de Al Neshabia e os arredores da região de Al March, que ontem foi palco de combates entre o Exército do Islã e as forças sírias.
Ataques químicos O Observatório Nacional da Síria informou hoje que o governo sírio fez um novo ataque químico em Al-Shifuniyah, no leste de Ghouta.
"Vários civis tiveram sintomas de sufocação, uma criança está morte", disse a ONG, afirmando que ainda não possui informações detalhadas sobre o episódio e a natureza das armas usadas na invasão. A notícia sobre o uso de armas químicas em Ghuta leste pelas tropas de Assad é uma "provocação" destina a sabotar a trégua, disse o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serghiei Lavrov. Há uma semana, Ghouta Oriental tem sido alvo de uma série de ataques por parte da aviação síria e russa e da artilharia governamental, que já causaram centenas de mortos e feridos. No último fim de semana, o Conselho de Segurança da ONU aprovou uma resolução na qual pede uma trégua de 30 dias na Síria. No entanto, os ataques ainda continuam. (ANSA).
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"Ghouta Oriental não pode esperar, é tempo de acabar com esse inferno na Terra", disse o secretário-geral da ONU, António Guterres, ao Conselho de Segurança da ONU, que iniciou sua principal sessão anual em Genebra. "Enquanto saúdo a adoção por parte do Conselho de Segurança da resolução sobre a cessação de hostilidades em toda a Síria durante pelo menos 30 dias, também digo que as resoluções só fazem sentido se são efetivamente implementadas", acrescentou.
Guterres reforçou que as forças do ditador Bashar al-Assad implementem o cessar-fogo, principalmente após o pedido feito por grandes potências durante o final de semana.
"É por isso que espero que a resolução seja implementada imediatamente e de maneira sustentada, particularmente para assegurar de forma imediata, segura e sem impedimentos a entrega contínua de ajuda e serviços humanitários, evacuar os doentes graves e os feridos e aliviar o sofrimento dos sírios", ressaltou o secretário-geral da ONU.
Ele ainda reiterou que a ONU está preparada para "desempenhar o seu papel" neste sentido, a fim de atender os sírios e enviar, através das suas agências humanitárias, a ajuda necessária às áreas cercadas e de difícil acesso.
Segundo o alto comissário da ONU para Direitos Humanos, Zeid Ra'ad al-Hussein, citando ativistas, os ataques aéreos registrados nesta manhã deixaram pelo menos nove pessoas mortas, entre elas três menores e uma mulher.
A imprensa local afirma que a ofensiva foi realizada por aviões russos. Nas últimas horas ocorreram bombardeios em outras partes de Ghouta Oriental, como a cidade de Al Neshabia e os arredores da região de Al March, que ontem foi palco de combates entre o Exército do Islã e as forças sírias.
Ataques químicos O Observatório Nacional da Síria informou hoje que o governo sírio fez um novo ataque químico em Al-Shifuniyah, no leste de Ghouta.
"Vários civis tiveram sintomas de sufocação, uma criança está morte", disse a ONG, afirmando que ainda não possui informações detalhadas sobre o episódio e a natureza das armas usadas na invasão. A notícia sobre o uso de armas químicas em Ghuta leste pelas tropas de Assad é uma "provocação" destina a sabotar a trégua, disse o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serghiei Lavrov. Há uma semana, Ghouta Oriental tem sido alvo de uma série de ataques por parte da aviação síria e russa e da artilharia governamental, que já causaram centenas de mortos e feridos. No último fim de semana, o Conselho de Segurança da ONU aprovou uma resolução na qual pede uma trégua de 30 dias na Síria. No entanto, os ataques ainda continuam. (ANSA).
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