Menores se prostituem para cruzar fronteira Itália-França
ROMA, 27 JUN (ANSA) - Menores de idade provenientes da África estão sendo forçadas a se prostituir em Ventimiglia, no noroeste da Itália, para conseguir dinheiro para cruzar a fronteira com a França ou até mesmo obter comida e um lugar para dormir.
O alarme foi lançado pela ONG Save The Children, em um relatório divulgado nesta sexta-feira (27). Segundo a entidade, essa realidade atinge sobretudo meninas da África Subsaariana - principalmente da Eritreia -, que pagam de 50 a 150 euros aos "passeurs", como são chamados aqueles que organizam o transporte clandestino de refugiados e imigrantes entre Itália e França.
A situação, segundo a Save The Children, se agravou após o desalojamento, em abril de 2018, de um acampamento na margem do rio Roja. Desde então, os operadores humanitários da entidade passaram a notar um aumento no número de menores de idade nas ruas "em condições degradantes, promíscuas e perigosas".
Ainda de acordo com a ONG, dos 750 deslocados externos que transitaram por Ventimiglia em março de 2018, mais da metade era de eritreus, sendo que um a cada cinco era menor de idade. O fenômeno foi chamado de "survival sex" ("sexo de sobrevivência", em tradução livre) pela Save The Children, que abrirá uma unidade móvel para enfrentar o problema na região.
"São garotas muito jovens que fazem parte do fluxo invisível de menores migrantes desacompanhados em trânsito na fronteira norte da Itália", explica a diretora dos programas da ONG na Itália, Raffaela Milano.
"É fundamental garantir a elas toda a proteção de que precisam", acrescentou. Muitas das pessoas que cruzam o Mediterrâneo Central veem a Itália apenas como uma porta de entrada na União Europeia, o que provoca intensos fluxos migratórios nas passagens de fronteira de Ventimiglia, com a França, e Brennero, com a Áustria. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
O alarme foi lançado pela ONG Save The Children, em um relatório divulgado nesta sexta-feira (27). Segundo a entidade, essa realidade atinge sobretudo meninas da África Subsaariana - principalmente da Eritreia -, que pagam de 50 a 150 euros aos "passeurs", como são chamados aqueles que organizam o transporte clandestino de refugiados e imigrantes entre Itália e França.
A situação, segundo a Save The Children, se agravou após o desalojamento, em abril de 2018, de um acampamento na margem do rio Roja. Desde então, os operadores humanitários da entidade passaram a notar um aumento no número de menores de idade nas ruas "em condições degradantes, promíscuas e perigosas".
Ainda de acordo com a ONG, dos 750 deslocados externos que transitaram por Ventimiglia em março de 2018, mais da metade era de eritreus, sendo que um a cada cinco era menor de idade. O fenômeno foi chamado de "survival sex" ("sexo de sobrevivência", em tradução livre) pela Save The Children, que abrirá uma unidade móvel para enfrentar o problema na região.
"São garotas muito jovens que fazem parte do fluxo invisível de menores migrantes desacompanhados em trânsito na fronteira norte da Itália", explica a diretora dos programas da ONG na Itália, Raffaela Milano.
"É fundamental garantir a elas toda a proteção de que precisam", acrescentou. Muitas das pessoas que cruzam o Mediterrâneo Central veem a Itália apenas como uma porta de entrada na União Europeia, o que provoca intensos fluxos migratórios nas passagens de fronteira de Ventimiglia, com a França, e Brennero, com a Áustria. (ANSA)
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