May pede 'respeito' da UE ao Reino Unido
LONDRES, 21 SET (ANSA) - A primeira-ministra britânica, Theresa May, acusou nesta sexta-feira (21) a União Europeia de não tratar o Reino Unido com respeito. Na última quinta-feira (20), o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, afirmou que o plano econômico proposto por May para o Brexit "não iria funcionar".
A declaração, com tom irritado, foi dada na residência oficial da primeira-ministra, na Downing Street, em Londres. A líder afirmou que sempre tratou os negociadores da UE com "nada menos que respeito" e que "o Reino Unido espera o mesmo".
Ela acrescentou que os dois lados permaneceram "muito longe de um acordo" mas insistiu que o Reino Unido está disposto a negociar, e pediu à UE que explique especificamente o que há de errado com a proposta apresentada . A líder britânica sugeriu durante reunião com negociadores da UE na última quarta-feira (19), em Salsburgo, a manutenção do mercado comum para mercadorias, não para serviços, o que a UE classifica como vantajoso demais para o Reino Unido.
"É inaceitável que a UE simplesmente rejeite as propostas sem uma explicação detalhada e contrapropostas", afirmou a primeira-ministra."Agora precisamos ouvir da UE quais são os problemas e quais são as suas ideias para que nós as discutamos", acrescentou.
A UE pede que os britânicos estabeleçam regras para a circulação de mercadorias e serviços depois do Brexit para prevenir o bloqueio de produtos ao cruzarem a fronteira com a Irlanda do Norte, um dos principais entraves para um acordo. "Criar qualquer forma de barreira na fronteira com a Irlanda do Norte e o resto do Reino Unido nãor respeitaria o fato de que a Irlanda do Norte é parte integrante do Reino Unido", defendeu May.
"Há mais de três milhões de cidadãos europeus vivendo no Reino Unido que estão compreensivelmente preocupados com o resultado das reuniões de ontem. Eu quero ser clara com vocês: mesmo no caso de não chegarmos a um acordo, seus direitos serão preservados. Vocês são nossos amigos, nossos vizinhos, nossos colegas. Nós queremos que vocês fiquem", declarou a primeira-ministra.
Os líderes da oposição classificaram a atuação da líder conservadora na cúpula de Salsburgo como um "fracasso" e disseram que era hora de o país buscar um acordo de livre comércio semelhante ao firmado pelo Canadá com os Estados Unidos, celebrado após o fim do Nafta, no começo do mês. "A atuação de Theresa May nas negociações do Brexit foram um desastre. Os tories [Partido Conservador] passaram mais tempo discutindo entre eles mesmos do com a UE", disse o deputado Jeremy Corbyn, do Partido Trabalhista.
Segundo pesquisas realizadas no Reino Unido, mais da metade dos cidadãos apoia a realização de um novo plebiscito sobre o Brexit se as negociações com a UE não vingarem. Theresa May nega a possibilidade, dizendo que a decisão foi tomada em 2016. Caso haja acordo, o Brexit entrará em vigor em 29 de março de 2019, mas com um período de transição até 31 de dezembro de 2020. Por outro lado, se não houver entendimento, a ruptura será total e imediata a partir do próximo dia 30 de março. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
A declaração, com tom irritado, foi dada na residência oficial da primeira-ministra, na Downing Street, em Londres. A líder afirmou que sempre tratou os negociadores da UE com "nada menos que respeito" e que "o Reino Unido espera o mesmo".
Ela acrescentou que os dois lados permaneceram "muito longe de um acordo" mas insistiu que o Reino Unido está disposto a negociar, e pediu à UE que explique especificamente o que há de errado com a proposta apresentada . A líder britânica sugeriu durante reunião com negociadores da UE na última quarta-feira (19), em Salsburgo, a manutenção do mercado comum para mercadorias, não para serviços, o que a UE classifica como vantajoso demais para o Reino Unido.
"É inaceitável que a UE simplesmente rejeite as propostas sem uma explicação detalhada e contrapropostas", afirmou a primeira-ministra."Agora precisamos ouvir da UE quais são os problemas e quais são as suas ideias para que nós as discutamos", acrescentou.
A UE pede que os britânicos estabeleçam regras para a circulação de mercadorias e serviços depois do Brexit para prevenir o bloqueio de produtos ao cruzarem a fronteira com a Irlanda do Norte, um dos principais entraves para um acordo. "Criar qualquer forma de barreira na fronteira com a Irlanda do Norte e o resto do Reino Unido nãor respeitaria o fato de que a Irlanda do Norte é parte integrante do Reino Unido", defendeu May.
"Há mais de três milhões de cidadãos europeus vivendo no Reino Unido que estão compreensivelmente preocupados com o resultado das reuniões de ontem. Eu quero ser clara com vocês: mesmo no caso de não chegarmos a um acordo, seus direitos serão preservados. Vocês são nossos amigos, nossos vizinhos, nossos colegas. Nós queremos que vocês fiquem", declarou a primeira-ministra.
Os líderes da oposição classificaram a atuação da líder conservadora na cúpula de Salsburgo como um "fracasso" e disseram que era hora de o país buscar um acordo de livre comércio semelhante ao firmado pelo Canadá com os Estados Unidos, celebrado após o fim do Nafta, no começo do mês. "A atuação de Theresa May nas negociações do Brexit foram um desastre. Os tories [Partido Conservador] passaram mais tempo discutindo entre eles mesmos do com a UE", disse o deputado Jeremy Corbyn, do Partido Trabalhista.
Segundo pesquisas realizadas no Reino Unido, mais da metade dos cidadãos apoia a realização de um novo plebiscito sobre o Brexit se as negociações com a UE não vingarem. Theresa May nega a possibilidade, dizendo que a decisão foi tomada em 2016. Caso haja acordo, o Brexit entrará em vigor em 29 de março de 2019, mas com um período de transição até 31 de dezembro de 2020. Por outro lado, se não houver entendimento, a ruptura será total e imediata a partir do próximo dia 30 de março. (ANSA)
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.