Mundo subestima perigo de guerra nuclear, diz Putin
MOSCOU, 20 DEZ (ANSA) - O presidente russo, Vladimir Putin, realizou nesta quinta-feira (20) a entrevista coletiva anual da presidência, que contou com a presença de mais de 1,7 mil profissionais credenciados e durou quase quatro horas.
"O mundo está subestimando o perigo de uma guerra nuclear", disse o mandatário, destacando que o "esfacelamento" do sistema de dissuasão internacional, exarcerbado pela decisão dos Estados unidos de sair do Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermédiário (TINF) "aumenta a incerteza". O acordo, assinado no fim dos anos 1980 e abandonado por Donald Trump no último mês de outubro, previa a eliminação de mísseis balísticos com alcance entre 500 e 5,5 mil quilômetros. O mandatário russo ainda alertou para o perigo da introdução de armas atômicas para uso tático, o que poderia levar a uma "catástrofe global". "Existem mísseis balísticos que não estão equipados com ogivas nucleares. Não podemos saber qual está com uma ogiva e qual não e isso tem um impacto nos nossos sistemas de defesa, programados para responder a um ataque fatal", disse.
Putin também falou sobre as relações com o Japão, especialmente sobre o escudo balístico construído pelos Estados Unidos no país . "Para nós, esses sistemas não são apenas defensivos, porque estão sincronizados com o aparato ofensivo e sabemos bem disso", afirmou.
"As armas da Rússia existem para manter a paridade estratégica e, se os mísseis chegarem à Europa e depois ao Ocidente, não poderão reclamar se reagirmos, mas confio que a humanidade terá bom senso para evitar o pior", declarou.
Putin também ressaltou a necessidade de um "salto tecnológico" para o país "entrar neste século", que consiste em a Rússia entrar no grupo de "melhores países do mundo" e se adequar às inovações tecnológicas mundiais. "Se isso não acontecer, não teremos futuro. É por isso que o governo está trabalhando em grandes projetos nacionais de desenvolvimento", afirmou. "Nos primeiros dez meses de 2018, o PIB russo registrou crescimento de 1,7%", afirmou o presidente. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
"O mundo está subestimando o perigo de uma guerra nuclear", disse o mandatário, destacando que o "esfacelamento" do sistema de dissuasão internacional, exarcerbado pela decisão dos Estados unidos de sair do Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermédiário (TINF) "aumenta a incerteza". O acordo, assinado no fim dos anos 1980 e abandonado por Donald Trump no último mês de outubro, previa a eliminação de mísseis balísticos com alcance entre 500 e 5,5 mil quilômetros. O mandatário russo ainda alertou para o perigo da introdução de armas atômicas para uso tático, o que poderia levar a uma "catástrofe global". "Existem mísseis balísticos que não estão equipados com ogivas nucleares. Não podemos saber qual está com uma ogiva e qual não e isso tem um impacto nos nossos sistemas de defesa, programados para responder a um ataque fatal", disse.
Putin também falou sobre as relações com o Japão, especialmente sobre o escudo balístico construído pelos Estados Unidos no país . "Para nós, esses sistemas não são apenas defensivos, porque estão sincronizados com o aparato ofensivo e sabemos bem disso", afirmou.
"As armas da Rússia existem para manter a paridade estratégica e, se os mísseis chegarem à Europa e depois ao Ocidente, não poderão reclamar se reagirmos, mas confio que a humanidade terá bom senso para evitar o pior", declarou.
Putin também ressaltou a necessidade de um "salto tecnológico" para o país "entrar neste século", que consiste em a Rússia entrar no grupo de "melhores países do mundo" e se adequar às inovações tecnológicas mundiais. "Se isso não acontecer, não teremos futuro. É por isso que o governo está trabalhando em grandes projetos nacionais de desenvolvimento", afirmou. "Nos primeiros dez meses de 2018, o PIB russo registrou crescimento de 1,7%", afirmou o presidente. (ANSA)
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