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Flávio Bolsonaro é assunto evitado em Fórum de Davos

24/01/2019 12h33

SÃO PAULO, 24 JAN (ANSA) - As suspeitas envolvendo o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) está entre os temas que dominam as conversas ocorridas durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, mas que tem sido evitado pelo governo brasileiro. Em entrevista ao jornal "Estado de São Paulo", o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, afirmou que as acusações sobre movimentações financeiras atípicas nas contas do ex-assessor do filho de Jair Bolsonaro, Fabrício Queiroz, devem ser "tratadas no Brasil".   


Já o irmão de Flávio, Eduardo Bolsonaro, não quis se pronunciar sobre o caso e ressaltou que "não perderá tempo com isso".   


Além disso, ele considerou como "lixo" a notícia de que o senador empregou a mãe e esposa do ex-capitão da Polícia Militar Adriano Magalhães da Nóbrega, que teve a prisão decretada por suspeita de comandar a milícia no Rio de Janeiro e de integrar o "Escritório do Crime", quadrilha que estaria envolvida na morte da vereadora Marielle Franco.   


Ainda de acordo com a publicação, houve um temor da delegação brasileira de que a primeira crise da nova gestão ofuscasse a estreia internacional de Jair Bolsonaro.   


O Conselho de Atividades Financeiras (Coaf) identificou 48 depósitos de R$ 2 mil em dinheiro vivo nas contas de Flávio entre junho e julho de 2017. O senador eleito diz que o montante é fruto da venda de um apartamento no Rio de Janeiro. Além disso, Queiroz, que foi seu assessor na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), movimentou R$ 7 milhões em três anos, valor incompatível com seu salário. O motorista, que até hoje não explicou as transações ao Ministério Público, disse na TV que ganhou dinheiro vendendo carros. (ANSA)
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