Veneza registra 4ª grande inundação em menos de uma semana
VENEZA, 17 NOV (ANSA) - O centro histórico de Veneza registrou neste domingo (17) sua quarta grande inundação em menos de uma semana, agravando um cenário que já levou o governo a declarar estado de emergência na cidade.
Por volta de 13h15 (horário local), a maré atingiu 150 centímetros acima do nível médio da água, 10 centímetros a menos do que estava previsto. Mesmo abaixo das previsões, a cheia já foi suficiente para alagar 70% do centro histórico.
A Praça San Marco, região mais movimentada e inundável da cidade, foi interditada pelas autoridades municipais, que também suspenderam o serviço de transporte público por barcos.
Desde a última terça-feira (12), a cidade já havia registrado três marés superiores a 140 centímetros acima do nível médio da água, fato inédito para uma única semana e um único ano desde 1872, quando os dados começaram a ser compilados.
A mais grave foi a inundação de terça, que chegou a 187 centímetros e alagou mais de 80% do centro de Veneza. Essa também foi a segunda maior cheia da história, atrás apenas dos 194 centímetros registrados em 4 de novembro de 1966.
O centro histórico se distribui por ilhas situadas na Lagoa de Veneza, que sofre regularmente com a "acqua alta". Mais comum entre o fim do outono e o início do inverno europeu, esse fenômeno ocorre quando o nível do Mar Adriático sobe e invade as águas da lagoa, inundando a cidade.
As marés são influenciadas pelo ciclo lunar e por fenômenos meteorológicos, como tempestades e o vento de siroco, uma corrente de ar quente proveniente do deserto do Saara, mas fatores como o aquecimento global e o assoreamento do solo lagunar também contribuem para as enchentes.
Um projeto iniciado em 2003, o "Mose", prevê a construção de um complexo e caro sistema de comportas para evitar a "acqua alta", no entanto as obras caminham a passos lentos devido a escândalos de corrupção e só devem ser concluídas em 2021.
O governo italiano já declarou emergência em Veneza e aprovou a destinação de 20 milhões de euros para intervenções imediatas. O poder público também pagará indenizações de até 5 mil euros para pessoas físicas e de 20 mil euros para empresas. O prefeito Luigi Brugnaro estima em pelo menos 1 bilhão de euros os danos causados pelas cheias. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
Por volta de 13h15 (horário local), a maré atingiu 150 centímetros acima do nível médio da água, 10 centímetros a menos do que estava previsto. Mesmo abaixo das previsões, a cheia já foi suficiente para alagar 70% do centro histórico.
A Praça San Marco, região mais movimentada e inundável da cidade, foi interditada pelas autoridades municipais, que também suspenderam o serviço de transporte público por barcos.
Desde a última terça-feira (12), a cidade já havia registrado três marés superiores a 140 centímetros acima do nível médio da água, fato inédito para uma única semana e um único ano desde 1872, quando os dados começaram a ser compilados.
A mais grave foi a inundação de terça, que chegou a 187 centímetros e alagou mais de 80% do centro de Veneza. Essa também foi a segunda maior cheia da história, atrás apenas dos 194 centímetros registrados em 4 de novembro de 1966.
O centro histórico se distribui por ilhas situadas na Lagoa de Veneza, que sofre regularmente com a "acqua alta". Mais comum entre o fim do outono e o início do inverno europeu, esse fenômeno ocorre quando o nível do Mar Adriático sobe e invade as águas da lagoa, inundando a cidade.
As marés são influenciadas pelo ciclo lunar e por fenômenos meteorológicos, como tempestades e o vento de siroco, uma corrente de ar quente proveniente do deserto do Saara, mas fatores como o aquecimento global e o assoreamento do solo lagunar também contribuem para as enchentes.
Um projeto iniciado em 2003, o "Mose", prevê a construção de um complexo e caro sistema de comportas para evitar a "acqua alta", no entanto as obras caminham a passos lentos devido a escândalos de corrupção e só devem ser concluídas em 2021.
O governo italiano já declarou emergência em Veneza e aprovou a destinação de 20 milhões de euros para intervenções imediatas. O poder público também pagará indenizações de até 5 mil euros para pessoas físicas e de 20 mil euros para empresas. O prefeito Luigi Brugnaro estima em pelo menos 1 bilhão de euros os danos causados pelas cheias. (ANSA)
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