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Venezuela denuncia atividades consulares ilícitas no Brasil

No fim do mês passado, apoiadores do opositor do presidente Nicolás Maduro (foto), Juan Guaidó, anunciaram que fariam um trabalho de "consulado itinerante" - Getty Images
No fim do mês passado, apoiadores do opositor do presidente Nicolás Maduro (foto), Juan Guaidó, anunciaram que fariam um trabalho de "consulado itinerante" Imagem: Getty Images

De Caracas (Venezuela)

05/10/2020 11h07

O governo da Venezuela emitiu um comunicado oficial alertando a comunidade internacional sobre "atividades fraudulentas de suposta natureza consular" cometidas por pessoas que "procuram usurpar o legítimo serviço consular venezuelano".

"Na ocasião, faz-se referência à informação divulgada na República Federativa do Brasil, que anuncia, com inusitada anuência do governo brasileiro, alguns alegados dias de atenção consular por autoridades fictícias sem aval ou qualquer contato com instituições do Estado Venezuelano, que não tem autoridade para emitir ou alterar documentos legais", diz a nota publicada anteontem e divulgada pela embaixada do país no Brasil e pelo ministro das Relações Exteriores, Jorge Arreaza, ontem.

Segundo o governo, o alerta é para que os venezuelanos não recorram a utilização desses serviços em território estrangeiro porque os "documentos emitidos através desse mecanismo serão nulos e sem efeito e que a sua alteração, bem como as falsificações de selos oficiais, são classificadas como crime, não só no ordenamento jurídico venezuelano, mas em todo o mundo".

No fim do mês de setembro, apoiadores do opositor do presidente Nicolás Maduro, Juan Guaidó, que se autoproclamou o mandatário do país, anunciaram que fariam um trabalho de "consulado itinerante" no Brasil. A primeira etapa, segundo o jornal Folha de S. Paulo, será realizada nesta semana em Roraima, estado que recebe milhares de venezuelanos.

Apesar de o governo anunciar restrições aos diplomatas de Caracas no Brasil, a embaixada em Brasília, bem como a de Roraima, é controlada por representantes consulares oficiais do governo Maduro.