Vacina da Oxford deve ser aprovada no fim de janeiro, diz Agência Europeia de Medicamentos
A EMA (Agência Europeia de Medicamentos) informou hoje que pode dar a aprovação da vacina anti-covid desenvolvida pela AstraZeneca e pela Universidade de Oxford no fim do mês de janeiro.
"Posso dizer que acabamos de receber alguns dados adicionais e esperamos que o dossiê seja apresentado na próxima semana com uma possível conclusão no fim de janeiro", destacou a diretora-executiva da EMA, Emer Cooke, em uma coletiva de imprensa.
A representante pontuou que os dados ainda precisam ser analisados e, que por isso, depende que eles estejam completos para dar a liberação. O imunizante AZD 1222 já foi aprovado para uso emergencial no Reino Unido, na Índia e na Argentina e está em vias de pedir a autorização no Brasil.
Feita por um método tradicional, a vacina da AstraZeneca/Oxford usa um vetor viral não replicante de um adenovírus de chimpanzé, que usa a proteína Spike do Sars-CoV-2 para "ensinar" o corpo a responder ao vírus invasor.
Entre as principais vantagens desse tipo de imunizante estão o preço - cerca de metade por dose do que as que usam tecnologia de RNA mensageiro - e a facilidade de armazenamento e transporte, que precisa estar em temperaturas de 2°C e 8°C, o valor de uma geladeira comum.
No entanto, a demora para aprovação aconteceu por conta dos testes da fase 3 de testes clínicos que, por um erro, teve resultados diferentes nos grupos de voluntários. Um deles recebeu por engano uma dose e meia da AZD 1222 e outro recebeu as duas doses. O resultado foi de uma eficácia de 90% no primeiro grupo e de 62% no segundo, dando uma média de 70,4%.
O CEO da AstraZeneca, Pascal Pariot, informou em entrevista no fim do ano passado que a situação foi corrigida e que a vacina conseguiu apresentar 95% de eficácia na prevenção da covid-19.
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