MP pede prisão de prefeito de Manaus por fraudes na vacinação
SÃO PAULO, 28 JAN (ANSA) - O Ministério Público Estadual do Amazonas (MPE-AM) pediu a prisão preventiva do prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), e da secretária municipal de Saúde da capital amazonense, Shadia Fraxe, por conta de irregularidades na vacinação anti-Covid - com o favorecimento de pessoas para tomar vacina, casos de fura-filas e na contratação de médicos de maneira irregular.
Os dois foram acusados formalmente de peculato e falsidade ideológica, em uma ação apresentada na segunda-feira (25) no Tribunal de Justiça do Amazonas, que encaminhou o pedido pra o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1).
A notícia sobre o pedido foi divulgado pela mídia local nesta quarta-feira (27) e o MPE-AM ainda pede o afastamento de ambos de seus cargos.
Em nota oficial, Almeida afirmou que a ação é "ilegal e arbitrária" e que tomará "medidas cabíveis contra os responsáveis". A denúncia foi baseada em uma lista enviada pela própria Prefeitura ao Tribunal de Contas do Amazonas com os nomes das pessoas vacinas logo no início da campanha de vacinação contra a Covid-19. Conforme o MPE-AM, o documento apresenta o nome de várias pessoas que não atuam na linha de frente de combate ao coronavírus Sars-CoV-2 e que, portanto, não deveriam ser imunizados nesse primeiro momento - que tem poucas doses disponíveis.
Os nomes citados são de secretários, assessores e subsecretários da Prefeitura, bem como de uma advogada, um empresário e a esposa dele.
Sobre a omissão no planejamento da campanha, o Ministério Público Estadual ainda aponta que 10 profissionais médicos foram "contratados falsamente como gerente de projetos" nos dois dias anteriores ao início da vacinação.
Esses médicos são ligados a políticos, ao prefeito e a grandes empresários da cidade - como no caso das duas irmãs Gabrielle e Isabelle Kirk Maddy Lins, que postaram nas redes sociais sobre a imunização e geraram revolta.
Outro ponto apontado pelo MPE é que alguns dos médicos contratados e vacinados tinham menos de 35 dias de registro no Conselho Regional de Medicina do Amazonas.
O estado do norte do país vive um colapso no sistema de saúde por conta da grande quantidade de novos casos de Covid-19. Neste mês de janeiro, inclusive, a falta de oxigênio nos hospitais - sejam públicos ou privados - comoveu o Brasil, com a busca desesperada das famílias para a compra de cilindros do produto para evitar que seus parentes morressem.
Por conta da crise, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, também é investigado formalmente. (ANSA).
Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
Os dois foram acusados formalmente de peculato e falsidade ideológica, em uma ação apresentada na segunda-feira (25) no Tribunal de Justiça do Amazonas, que encaminhou o pedido pra o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1).
A notícia sobre o pedido foi divulgado pela mídia local nesta quarta-feira (27) e o MPE-AM ainda pede o afastamento de ambos de seus cargos.
Em nota oficial, Almeida afirmou que a ação é "ilegal e arbitrária" e que tomará "medidas cabíveis contra os responsáveis". A denúncia foi baseada em uma lista enviada pela própria Prefeitura ao Tribunal de Contas do Amazonas com os nomes das pessoas vacinas logo no início da campanha de vacinação contra a Covid-19. Conforme o MPE-AM, o documento apresenta o nome de várias pessoas que não atuam na linha de frente de combate ao coronavírus Sars-CoV-2 e que, portanto, não deveriam ser imunizados nesse primeiro momento - que tem poucas doses disponíveis.
Os nomes citados são de secretários, assessores e subsecretários da Prefeitura, bem como de uma advogada, um empresário e a esposa dele.
Sobre a omissão no planejamento da campanha, o Ministério Público Estadual ainda aponta que 10 profissionais médicos foram "contratados falsamente como gerente de projetos" nos dois dias anteriores ao início da vacinação.
Esses médicos são ligados a políticos, ao prefeito e a grandes empresários da cidade - como no caso das duas irmãs Gabrielle e Isabelle Kirk Maddy Lins, que postaram nas redes sociais sobre a imunização e geraram revolta.
Outro ponto apontado pelo MPE é que alguns dos médicos contratados e vacinados tinham menos de 35 dias de registro no Conselho Regional de Medicina do Amazonas.
O estado do norte do país vive um colapso no sistema de saúde por conta da grande quantidade de novos casos de Covid-19. Neste mês de janeiro, inclusive, a falta de oxigênio nos hospitais - sejam públicos ou privados - comoveu o Brasil, com a busca desesperada das famílias para a compra de cilindros do produto para evitar que seus parentes morressem.
Por conta da crise, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, também é investigado formalmente. (ANSA).
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