Topo

Esse conteúdo é antigo

Itália proíbe entrada de viajantes provenientes da Índia

Os residentes nas regiões "zonas vermelhas" da Itália serão obrigados a ficar em casa, exceto por trabalho, saúde ou outros motivos essenciais - EPA
Os residentes nas regiões "zonas vermelhas" da Itália serão obrigados a ficar em casa, exceto por trabalho, saúde ou outros motivos essenciais Imagem: EPA

25/04/2021 10h06

ROMA, 25 ABR (ANSA) - O governo da Itália proibiu neste domingo (25) a entrada no país de pessoas que tenham transitado pela Índia, que enfrenta seu pior momento na pandemia de Covid-19, nos 14 dias anteriores à viagem.

A medida foi anunciada pelo ministro da Saúde italiano, Roberto Speranza, e é semelhante a uma já em vigor em relação ao Brasil.

Segundo Speranza, pessoas com residência fixa na Itália poderão voltar para casa, mas precisarão fazer exame PCR antes do embarque e cumprir um período de quarentena na chegada.

"Quem tiver passado pela Índia nos últimos 14 dias e já estiver em nosso país deve fazer um teste PCR e contatar os departamentos de prevenção", explicou o ministro. No caso do Brasil, também há exceções para indivíduos com filhos menores de idade ou cônjuges residentes na Itália e para viagens de urgência.

"Nossos cientistas estão trabalhando para estudar a nova variante indiana. Não podemos abaixar a guarda", declarou Speranza. A Índia vem de quatro dias seguidos de recorde mundial nos novos casos do coronavírus Sars-CoV-2 em 24 horas e de cinco dias consecutivos de recorde nacional de óbitos - foram confirmados 349.691 contágios e 2.767 mortes neste domingo, segundo a Universidade Johns Hopkins.

Com isso, o país já contabiliza 16,96 milhões de casos do novo coronavírus e 192.311 vítimas na pandemia. A capital Nova Délhi, metrópole de mais de 20 milhões de habitantes que enfrenta escassez de oxigênio em hospitais, vai estender o lockdown em uma semana para tentar conter o vírus.

Tanto os Estados Unidos quanto a Alemanha prometeram enviar ajudas de emergência para a Índia, que viu uma explosão nos números da crise sanitária após o relaxamento das restrições contra a Covid-19 e o surgimento de uma variante do vírus potencialmente mais infecciosa. (ANSA).