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Amazônia emite mais CO2 do que absorve, mostra estudo
SÃO PAULO, 15 JUL (ANSA) - A floresta amazônica já emite mais CO2 do que absorve e a culpa dessa situação é do desmatamento e da aceleração das mudanças climáticas, mostrou uma pesquisa científica publicado na revista "Nature" nesta quarta-feira (14).
O estudo foi liderado pela pesquisadora do Laboratório de Gases de Efeito Estufa do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Luciana Gatti, com a colaboração das pesquisadoras Luana Basso e Raiane Neves, também do Inpe.
O artigo "Amazônia como fonte de carbono ligada ao desmatamento e mudanças climáticas" coletou informações entre os anos de 2010 e 2018 por meio de quase 600 voos, que coletaram aproximadamente oito mil amostras entre 300 metros da superfície e 4,4km de altura na atmosfera. Foram escolhidos quatro locais específicos de estudo e que, segundo as pesquisadoras, representam a maior parte da Amazônia.
"As regiões da Amazônia com desmatamento em torno de 30% ou superior apresentaram uma importante alteração na estação seca (principalmente agosto, setembro e outubro), ficando mais seca, mais quente e mais longa, representando um período de grande estresse para a floresta. Estas regiões apresentaram uma emissão de carbono 10 vezes maior que as regiões com desmatamento inferior a 20%", diz a pesquisa divulgada pelo Inpe.
A área localizada entre o sul do Pará e o norte do Mato foi a que apresentou o pior cenário, onde a floresta representa uma fonte de emissão de carbono.
"Esta região da Amazônia é a que mais gera preocupação, pois a degradação é extrema levando ao aumento da mortalidade das arvores. [....] Além do desmatamento representar uma emissão de carbono para atmosfera, ele altera a condição climática na Amazônia e faz com que a floresta não desmatada também se torne uma fonte de carbono pra atmosfera, além de aumentar sua inflamabilidade", ressalta o documento.
O estudo conclui dizendo que "zerando o desmatamento e as queimadas, além de reduzirmos as emissões de CO2, também aumentaria a capacidade da floresta Amazônica de absorver carbono, contribuir com aumento da chuva e redução da temperatura, que por sua vez aumenta mais ainda a capacidade de absorver carbono formando um ciclo positivo, não só para a Amazônia, também para o restante do Brasil, da América do sul, e do planeta, pois estamos todos interligados".
"Não existem paredes na atmosfera", dizem ainda as pesquisadoras. (ANSA).
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O estudo foi liderado pela pesquisadora do Laboratório de Gases de Efeito Estufa do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Luciana Gatti, com a colaboração das pesquisadoras Luana Basso e Raiane Neves, também do Inpe.
O artigo "Amazônia como fonte de carbono ligada ao desmatamento e mudanças climáticas" coletou informações entre os anos de 2010 e 2018 por meio de quase 600 voos, que coletaram aproximadamente oito mil amostras entre 300 metros da superfície e 4,4km de altura na atmosfera. Foram escolhidos quatro locais específicos de estudo e que, segundo as pesquisadoras, representam a maior parte da Amazônia.
"As regiões da Amazônia com desmatamento em torno de 30% ou superior apresentaram uma importante alteração na estação seca (principalmente agosto, setembro e outubro), ficando mais seca, mais quente e mais longa, representando um período de grande estresse para a floresta. Estas regiões apresentaram uma emissão de carbono 10 vezes maior que as regiões com desmatamento inferior a 20%", diz a pesquisa divulgada pelo Inpe.
A área localizada entre o sul do Pará e o norte do Mato foi a que apresentou o pior cenário, onde a floresta representa uma fonte de emissão de carbono.
"Esta região da Amazônia é a que mais gera preocupação, pois a degradação é extrema levando ao aumento da mortalidade das arvores. [....] Além do desmatamento representar uma emissão de carbono para atmosfera, ele altera a condição climática na Amazônia e faz com que a floresta não desmatada também se torne uma fonte de carbono pra atmosfera, além de aumentar sua inflamabilidade", ressalta o documento.
O estudo conclui dizendo que "zerando o desmatamento e as queimadas, além de reduzirmos as emissões de CO2, também aumentaria a capacidade da floresta Amazônica de absorver carbono, contribuir com aumento da chuva e redução da temperatura, que por sua vez aumenta mais ainda a capacidade de absorver carbono formando um ciclo positivo, não só para a Amazônia, também para o restante do Brasil, da América do sul, e do planeta, pois estamos todos interligados".
"Não existem paredes na atmosfera", dizem ainda as pesquisadoras. (ANSA).
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