Biden deve ampliar sanções contra Cuba após protestos
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, deve ampliar as sanções contra o governo cubano após os protestos registrados na ilha nos últimos dias, informam diversos veículos de imprensa norte-americana nesta quinta-feira (22).
Segundo o jornal "The Washington Post", as punições devem ser dirigidas contra um pequeno grupo de funcionários acusados de violações de direitos humanos, contra o Ministério do Interior e alguns líderes militares.
Na noite desta quarta-feira (21), o porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price, afirmou a um grupo de jornalistas que o governo "está confiante em ter mais espaço" para anunciar novas punições contra os cubanos. "Estamos explorando opções com o setor privado e o Congresso nesse sentido", acrescentou.
No entanto, em nenhum momento, foi citada a possibilidade de remover o embargo comercial norte-americano contra o país, em vigor desde o fim da década de 1950, e que causa diversos problemas graves em Cuba.
Em 2016, durante o governo de Barack Obama - do qual Biden era o vice - houve uma grande expectativa para que os EUA e Cuba voltassem a normalizar suas relações diplomáticas. Porém, durante o governo de Donald Trump, muitas das medidas de reaproximação foram revogadas e houve um aumento nas restrições e imposições econômicas por parte de Washington.
Apesar de muitos analistas apontarem que Biden poderia voltar a rever a questão de maneira mais aberta, o democrata manteve a linha dura de Trump e, como apontam fontes, deve endurecer ainda mais contra Havana.
Por sua vez, o governo cubano acusa os norte-americanos de estarem por trás das manifestações ocorridas nas últimas semanas, onde milhares de cidadãos foram às ruas protestar por conta da grave crise econômica vivida atualmente.
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