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Crise da gasolina causa pânico entre moradores do Reino Unido

28/09/2021 10h05

LONDRES, 28 SET (ANSA) - Desde o fim de semana, longas filas de carros se formam nos postos de combustíveis por todo o Reino Unido na face mais visível da "crise da gasolina" britânica.   

O governo chegou a cogitar até a colocar membros do Exército no meio da cadeia de distribuição do combustível para evitar o agravamento do problema, mas o premiê Boris Johnson afirmou que não é "hora de pânico ou alarmismo". O Gabinete considera que essa é apenas uma situação passageira, mas não é o que se vê pelo país.   

Milhares de britânicos relatam que já há diversos postos sem gasolina e que o desabastecimento que viam nos supermercados nos últimos meses aumentou.   

A crise ocorre por uma combinação de motivos, especialmente, a falta de motoristas para caminhões pesados, a pandemia de Covid-19 e os problemas causados pela burocracia extra provocada pelo Brexit - a saída do Reino Unido da União Europeia.   

Uma associação da indústria de transportes estima que há falta de 90 mil a 100 mil motoristas - muito por conta da necessidade de comprovações adicionais dos estrangeiros para poderem operar legalmente no território britânico. Antes do Brexit, muitos dos profissionais eram de países vizinhos e podiam circular livremente entre as nações.   

Além disso, a burocracia para entrar com um caminhão pesado no Reino Unido encarece muito o transporte, além da perda de horas no trânsito para conseguir fazer cada entrega.   

Por conta disso, Londres anunciou uma série de medidas para afrouxar temporariamente as regras para dar um visto temporário de trabalho para cerca de cinco mil motoristas estrangeiros e 5,5 mil funcionários para o setor agrícola, que também enfrenta escassez de mão de obra e que, no fim de ano, se foca na produção de perus para as ceias de Natal.   

O governo britânico também vem fazendo apelo para que os cidadãos só abasteçam o necessário para não provocar uma falta por conta da alta demanda. Segundo o Gabinete de Boris Johnson, a situação deve se normalizar "em breve". (ANSA).   

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