Itália prende líder antivacina por fraude durante aplicação de dose
A Digos (Divisão de Investigações Gerais e Operações Especiais) de Palermo, na Itália, prendeu três pessoas hoje por fraude durante a vacinação contra a covid-19.
Entre os detidos, está o líder do movimento antivacina local, Filippo Accetta, e a enfermeira Anna Maria Lo Brano. O terceiro seria um guarda do local de imunização.
Segundo as investigações, Lo Brano, que trabalha no hospital Civico e no centro de vacinação Fiera del Mediterraneo, fingia aplicar doses da vacina e emitia os "passes verdes", como são chamados os certificados sanitários usados na pandemia.
Eles recebiam entre 100 euros e 400 euros (entre R$ 646 e R$ 2.584) para fraudar os documentos.
Após denúncias, os investigadores requisitaram as câmeras de vigilância e acompanharam como Lo Brano agia - e era sempre da mesma forma.
Depois de jogar fora o líquido da seringa, já preparada, ela passava um algodão no local da aplicação e injetava a seringa sem mexer o êmbolo.
O próprio Accetta foi um dos que participou do esquema. Em um vídeo publicado em suas redes sociais, ele ironizou quem o chama de "antivacina".
"Depois me chamam de antivacina, mas eu me vacinei porque eu acredito na vacina. Se não acreditam, vejam aqui. Estou vacinado agora e até estou com febre", postou ele no TikTok.
O procurador de Palermo, Francesco Lo Voi, e os assessores dele disseram ainda que foi excluída a participação de qualquer outro funcionário dos estabelecimentos sanitários e que Lo Brano, Accetta e o guarda agiam juntos.
Além disso, a Procuradoria afirmou que solicitou o sequestro preventivo dos dados inseridos pelos dois centros no sistema nacional para verificação dos "passe verdes" fraudados.
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