Topo

Esse conteúdo é antigo

Diretor da OMS: 'Um evento cancelado é melhor do que uma vida cancelada'

Diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, em Genebra - Denis Balibouse
Diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, em Genebra Imagem: Denis Balibouse

Do UOL, em São Paulo

21/12/2021 08h00Atualizada em 21/12/2021 08h14

O diretor-geral da OMS (Organização Mundial da Saúde), Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse ontem que "um evento cancelado é melhor do que uma vida cancelada" ao comentar sobre o risco de disseminação da covid-19 durante as comemorações de fim de ano.

Segundo a BBC Internacional, o chefe da OMS declarou que "decisões difíceis" de cancelamento ou adiamento dos eventos de fim de ano precisam ser tomadas para proteger a saúde pública em meio ao avanço da variante ômicron pelo mundo.

Para o diretor-geral, as festividades vão provocar "um aumento de casos, sistemas de saúde sobrecarregados e mais mortes".

Todos nós estamos fartos desta pandemia. Todos nós queremos passar tempo com amigos e familiares. Todos nós queremos voltar ao normal. (...) É melhor cancelar [um evento] hoje e celebrar amanhã do que comemorar agora e sofrer mais tarde.
Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS

A OMS comunicou que a ômicron já está se espalhando mais rápido do que a variante delta, além de infectar as pessoas já vacinadas ou já infectadas pela covid-19 anteriormente.

"Existem agora evidências consistentes de que o ômicron está se espalhando significativamente mais rápido do que a variante delta. E é mais provável que as pessoas vacinadas ou recuperadas da covid-19 possam ser infectadas ou reinfectadas", disse Tedros, segundo a agência de notícias Reuters.

Mike Ryan, o especialista em emergências da OMS, informou que a pandemia poderia acabar no próximo ano se o mundo conseguir manter a transmissão do vírus "ao nível mínimo".

A agência da ONU ainda destacou que neste momento seria mais relevante vacinar pessoas vulneráveis ao redor do mundo que ainda não receberam a primeira dose do imunizante em vez de fornecer doses de reforços a adultos sem comorbidades.

"Se quisermos acabar com a pandemia no próximo ano, devemos acabar com a desigualdade", alertou Tedros.