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UE volta a alertar para risco de conflito entre Rússia e Ucrânia
BRUXELAS, 5 JAN (ANSA) - O alto representante da União Europeia para a Política Externa, Josep Borrell, voltou a alertar sobre o risco de um conflito entre Rússia e Ucrânia nesta quarta-feira (5) e ressaltou que o bloco dá "apoio total" ao governo de Kiev. O espanhol está em visita ao país.
"O panorama geopolítico está mudando muito rapidamente e o conflito na fronteira com a Ucrânia está se agravando. Nos próximos dias, teremos o Conselho [dos ministros] do Exterior e dos ministros da Defesa da UE e estão para começar as conversas entre Rússia, Estados Unidos e Otan [Organização do Tratado do Atlântico Norte]. Sendo esse um momento crítico, esse é o momento certo para acontecer", disse Borrell.
Durante a visita, o espanhol ressaltou que sua ida ao país é para reafirmar que a União Europeia "apoia a independência, a soberania e a integridade territorial da Ucrânia e também para trabalhar junto com Kiev para afastar as tensões do conflito".
Para o alto representante, esse alívio da crise virá "por meio de negociações".
"Não há segurança na Europa sem haver segurança na Ucrânia e está claro que qualquer discussão sobre a segurança europeia deve incluir a UE e a Ucrânia. Nós estamos coordenando com os Estados Unidos, a Otan e os países que pensam da mesma maneira para trabalhar pela desaceleração e o pleno respeito aos acordos de Minsk", ressaltou Borrell referindo-se aos acordos de paz firmados em 2015.
Para o europeu, "qualquer agressão contra a Ucrânia terá enormes consequências e graves custos". "Estamos trabalhando lado a lado para combater a política agressiva da Rússia e não se tratam apenas de soluções diplomáticas, mas também concretas", pontuou.
Entre esses pontos concretos, em caso de agressão, "está a preparação de um novo pacote de sanções dolorosas para Moscou".
"Estamos convictos que a Rússia não tem o direito de dividir a Europa em áreas de influência e não tem o direito de definir onde, como e quando a UE será ampliada ou que tipo de relação deve ter com a Ucrânia. Isso é um direito exclusivo de Kiev e Bruxelas", acrescentou.
O conflito ucraniano voltou a se acentuar desde o fim do ano passado, quando os russos enviaram quase 100 mil soldados para as áreas de fronteira. A ação começou a ser realizada a partir do momento que Kiev manifestou interesse formal de se unir à Otan, o que gerou uma série de críticas dos russos.
O assunto, para além da União Europeia, também está entre os tópicos de discussão para a tentativa de melhoria nas relações bilaterais entre EUA e Rússia. Após uma reunião virtual em dezembro, entre os presidentes Joe Biden e Vladimir Putin, Moscou enviou um "tratado de paz" com nove artigos.
No entanto, os russos pediram formalmente que a Otan não expanda seus membros na região e inclua ex-países soviéticos em sua aliança. A medida foi criticada porque afeta, diretamente, a soberania das nações locais. (ANSA).
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"O panorama geopolítico está mudando muito rapidamente e o conflito na fronteira com a Ucrânia está se agravando. Nos próximos dias, teremos o Conselho [dos ministros] do Exterior e dos ministros da Defesa da UE e estão para começar as conversas entre Rússia, Estados Unidos e Otan [Organização do Tratado do Atlântico Norte]. Sendo esse um momento crítico, esse é o momento certo para acontecer", disse Borrell.
Durante a visita, o espanhol ressaltou que sua ida ao país é para reafirmar que a União Europeia "apoia a independência, a soberania e a integridade territorial da Ucrânia e também para trabalhar junto com Kiev para afastar as tensões do conflito".
Para o alto representante, esse alívio da crise virá "por meio de negociações".
"Não há segurança na Europa sem haver segurança na Ucrânia e está claro que qualquer discussão sobre a segurança europeia deve incluir a UE e a Ucrânia. Nós estamos coordenando com os Estados Unidos, a Otan e os países que pensam da mesma maneira para trabalhar pela desaceleração e o pleno respeito aos acordos de Minsk", ressaltou Borrell referindo-se aos acordos de paz firmados em 2015.
Para o europeu, "qualquer agressão contra a Ucrânia terá enormes consequências e graves custos". "Estamos trabalhando lado a lado para combater a política agressiva da Rússia e não se tratam apenas de soluções diplomáticas, mas também concretas", pontuou.
Entre esses pontos concretos, em caso de agressão, "está a preparação de um novo pacote de sanções dolorosas para Moscou".
"Estamos convictos que a Rússia não tem o direito de dividir a Europa em áreas de influência e não tem o direito de definir onde, como e quando a UE será ampliada ou que tipo de relação deve ter com a Ucrânia. Isso é um direito exclusivo de Kiev e Bruxelas", acrescentou.
O conflito ucraniano voltou a se acentuar desde o fim do ano passado, quando os russos enviaram quase 100 mil soldados para as áreas de fronteira. A ação começou a ser realizada a partir do momento que Kiev manifestou interesse formal de se unir à Otan, o que gerou uma série de críticas dos russos.
O assunto, para além da União Europeia, também está entre os tópicos de discussão para a tentativa de melhoria nas relações bilaterais entre EUA e Rússia. Após uma reunião virtual em dezembro, entre os presidentes Joe Biden e Vladimir Putin, Moscou enviou um "tratado de paz" com nove artigos.
No entanto, os russos pediram formalmente que a Otan não expanda seus membros na região e inclua ex-países soviéticos em sua aliança. A medida foi criticada porque afeta, diretamente, a soberania das nações locais. (ANSA).
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