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Comissão UE autoriza que gás e energia nuclear tenham selo verde
BRUXELAS, 2 FEV (ANSA) - A polêmica proposta da Comissão Europeia para classificar gás natural e energia nuclear como fontes energéticas verdes foi aprovada nesta terça-feira (2).
Conforme antecipado, porém, essa liberação será dada sob "condições específicas".
O texto agora segue para a análise do Conselho e do Parlamento Europeus.
O documento teve pequenas alterações em relação ao rascunho enviado para todos os 27 países-membros no fim de dezembro, e elas incluem a remoção de metas intermediárias - no caso da conversão das centrais de gás natural para gases não poluentes - e a parte sobre a transparência para os investidores - de maneira que eles sejam informados se os produtos financeiros estão ligados de alguma maneira com as duas fontes.
No caso da energia nuclear, para receber o selo verde, o texto orienta que devem ser adotadas as melhores tecnologias disponíveis e planos para os depósitos de rejeitos.
Para o gás, as regras são mais rígidas, e o reconhecimento será dado apenas se o local for construído até 2030 e se será utilizado para substituir plantas de carvão e petróleo em países com "claros compromissos políticos para fazer a transição energética". O destaque é um claro recado para a Polônia.
Segundo a comissária europeia responsável pelo dossiê, Mairead McGuinness, o texto foi aprovado "por uma ampla maioria", o que não esconde a cisão ocorrida entre os países do bloco sobre o documento. Entre as maiores nações do bloco, a Alemanha não poupou críticas à medida; já a França defendia a alteração.
"Os Estados-membros continuarão plenamente responsáveis pelas próprias estratégias energéticas. Ela [taxonomia] não torna investimentos obrigatórios em alguns setores, nem proíbe investimentos. Um ponto que é preciso lembrar é que isso continua sendo um instrumento voluntário", disse McGuinness após a aprovação.
Para a comissária, as regras de taxonomia "podem ser imperfeitas, mas são uma verdadeira solução que nos força ainda mais para atingirmos o objetivo final da neutralidade de carbono". "Acredito que nós encontramos um equilíbrio entre opiniões tão diferentes, e o Colégio dos Comissários aprovou [o documento] com um apoio comovente", acrescentou.
O vice-presidente da Comissão Europeia, Valdis Dombrovskis, também se manifestou sobre a aprovação e disse que é "preciso acelerar a eliminação gradual das fontes energéticas mais nocivas e passar para um mix energético baseado principalmente nas energias renováveis".
"Mas, os Estados da UE têm pontos de partida diferentes. Assim, em condições rigorosas, gás e nuclear podem atuar como uma ponte para um sistema energético mais verde como atividade de transição", destacou Dombrovskis.
No entanto, Berlim se manifestou novamente de maneira contrária à taxonomia e destacou que vai analisar os próximos passos.
"Temos quatro meses de tempo. Analisaremos o posicionamento da Comissão e depois, com uma conversa na coalizão, vamos decidir como nos comportar. Mas, a posição do governo alemão, que é contrário à classificar a energia nuclear como ecossustentável, não mudou", disse o porta-voz do chanceler Olaf Scholz, Steffen Hebestreit.
Além da Alemanha, o painel de especialistas sobre o clima da União Europeia havia rejeitado a mudança. ONGs ambientalistas também criticaram a mudança. (ANSA).
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Conforme antecipado, porém, essa liberação será dada sob "condições específicas".
O texto agora segue para a análise do Conselho e do Parlamento Europeus.
O documento teve pequenas alterações em relação ao rascunho enviado para todos os 27 países-membros no fim de dezembro, e elas incluem a remoção de metas intermediárias - no caso da conversão das centrais de gás natural para gases não poluentes - e a parte sobre a transparência para os investidores - de maneira que eles sejam informados se os produtos financeiros estão ligados de alguma maneira com as duas fontes.
No caso da energia nuclear, para receber o selo verde, o texto orienta que devem ser adotadas as melhores tecnologias disponíveis e planos para os depósitos de rejeitos.
Para o gás, as regras são mais rígidas, e o reconhecimento será dado apenas se o local for construído até 2030 e se será utilizado para substituir plantas de carvão e petróleo em países com "claros compromissos políticos para fazer a transição energética". O destaque é um claro recado para a Polônia.
Segundo a comissária europeia responsável pelo dossiê, Mairead McGuinness, o texto foi aprovado "por uma ampla maioria", o que não esconde a cisão ocorrida entre os países do bloco sobre o documento. Entre as maiores nações do bloco, a Alemanha não poupou críticas à medida; já a França defendia a alteração.
"Os Estados-membros continuarão plenamente responsáveis pelas próprias estratégias energéticas. Ela [taxonomia] não torna investimentos obrigatórios em alguns setores, nem proíbe investimentos. Um ponto que é preciso lembrar é que isso continua sendo um instrumento voluntário", disse McGuinness após a aprovação.
Para a comissária, as regras de taxonomia "podem ser imperfeitas, mas são uma verdadeira solução que nos força ainda mais para atingirmos o objetivo final da neutralidade de carbono". "Acredito que nós encontramos um equilíbrio entre opiniões tão diferentes, e o Colégio dos Comissários aprovou [o documento] com um apoio comovente", acrescentou.
O vice-presidente da Comissão Europeia, Valdis Dombrovskis, também se manifestou sobre a aprovação e disse que é "preciso acelerar a eliminação gradual das fontes energéticas mais nocivas e passar para um mix energético baseado principalmente nas energias renováveis".
"Mas, os Estados da UE têm pontos de partida diferentes. Assim, em condições rigorosas, gás e nuclear podem atuar como uma ponte para um sistema energético mais verde como atividade de transição", destacou Dombrovskis.
No entanto, Berlim se manifestou novamente de maneira contrária à taxonomia e destacou que vai analisar os próximos passos.
"Temos quatro meses de tempo. Analisaremos o posicionamento da Comissão e depois, com uma conversa na coalizão, vamos decidir como nos comportar. Mas, a posição do governo alemão, que é contrário à classificar a energia nuclear como ecossustentável, não mudou", disse o porta-voz do chanceler Olaf Scholz, Steffen Hebestreit.
Além da Alemanha, o painel de especialistas sobre o clima da União Europeia havia rejeitado a mudança. ONGs ambientalistas também criticaram a mudança. (ANSA).
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