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Guerra da Rússia-Ucrânia

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Kiev diz que Azovstal virou 'inferno' com 'chuva de bombas'

Ansa, Roma

05/05/2022 09h45

O conselheiro da Prefeitura de Mariupol, Petro Andriushchenko, afirmou hoje que situação na siderúrgica Azovstal, último reduto da resistência ucraniana na cidade portuária, é um "inferno" com os constantes ataques das tropas russas.

"A partir de agora, se há um inferno no mundo, ele está em Azovstal. Os últimos 11 quilômetros quadrados de liberdade em Mariupol foram transformados em um inferno. Os intensos bombardeios na siderúrgica não pararam por toda a noite e estão continuando", disse Andriushchenko em mensagem à emissora "CNN".

Conforme o conselheiro, os ataques "não descansam" e muitos são feitos com drones, também em áreas do lado de fora da estrutura industrial onde há casas.

Já o comandante militar do regimento de Azov, Denis Prokopenko, disse que as "batalhas estão pesadas e sanguinárias" e que há uma "chuva de bombas" no local. O líder militar enviou um vídeo para o site Ukrainska Pravda em que ressalta que os ataques são feitos por terra, mar e ar por tropas russas.

"Agradeço ao mundo inteiro pelo enorme apoio para a cura de Mariupol. Os nossos soldados merecem isso. Mas, apesar de tudo, continuam a seguir a ordem de manter a defesa", pontuou.

A siderúrgica conta com soldados das forças oficiais de Kiev e com membros da milícia de extrema-direita Batalhão de Azov.

Já o ministro de Defesa de Kiev, Yuriy Sak, deu uma entrevista para a rádio "BBC" e afirmou que a defesa de Azovstal "tornou-se a prioridade número um" por ser considerada o "coração da guerra". O político também alertou para as missões por terra dos russos para tentar tomar o controle total do lugar.

Evacuações

Apesar da intensificação dos ataques russos, as Nações Unidas informaram que um novo comboio tentará evacuar os civis que ainda estão presos dentro da Azovstal.

"Agora um comboio está indo em direção da Azovstal de Mariupol, e deve chegar amanhã, para evacuar os civis presos na siderúrgica. É o resultado de esforços logísticos e diplomáticos", disse o subsecretário geral da ONU e coordenador das ajudas de emergência, Martin Griffiths.

Mapa Rússia invade a Ucrânia - 26.02.2022 - Arte UOL - Arte UOL
Imagem: Arte UOL

A Rússia, por sua vez, continua a negar uma intensificação de ataques no local e diz que os corredores humanitários "estão funcionando", segundo informa a Tass. O Kremlin nega que esteja violando o cessar-fogo.

Porém, sabe-se que a saída de civis da Azovstal só funcionou plenamente nos dias 2 e 3 de maio e depois foi paralisada, fazendo apenas com que cidadãos que estão em outras partes de Mariupol fossem evacuados.