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Parlamento da Finlândia aprova candidatura a membro da Otan
HELSINQUE, 17 MAI (ANSA) - O Parlamento da Finlândia aprovou nesta terça-feira (17), por ampla maioria, a candidatura do país a membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), confirmando o fim de sua histórica política de neutralidade militar entre o Ocidente e a Rússia.
Dos 200 deputados finlandeses, 188 votaram a favor da adesão, e apenas oito ficaram contra. O resultado pavimenta o caminho para Helsinque oficializar sua candidatura à Otan nos próximos dias, ao lado da Suécia, que também decidiu abandonar seu status de neutralidade devido à invasão russa na Ucrânia.
A Finlândia foi parte do Império Russo por mais de um século e conquistou sua independência em 1917 - os dois países compartilham hoje cerca de 1,3 mil quilômetros de fronteiras.
No entanto, após a Segunda Guerra Mundial, decidiu não ingressar na Otan para não se indispor com a então União Soviética e depois com a Rússia, apesar de ter se tornado membro da União Europeia em 1995.
A mudança dessa histórica política de neutralidade se deu após a invasão russa à Ucrânia, que levantou temores de ataques de Moscou contra outros países que não fazem parte da aliança euro-atlântica.
No último fim de semana, a premiê finlandesa, Sanna Marin, disse que a "ameaça nuclear" da Rússia é "muito séria" e que o país vizinho é "muito diferente daquele de alguns meses atrás". "Tudo mudou quando a Rússia atacou a Ucrânia, e acho que não podemos mais acreditar em um futuro de paz ao lado da Rússia ficando sozinhos", afirmou.
Para ingressar na Otan, Finlândia e Suécia precisam da aprovação unânime dos Estados-membros, e o único a se opor publicamente é a Turquia, que acusa ambas de dar abrigo a supostos "terroristas" curdos.
No entanto, os outros integrantes da aliança já se mostraram confiantes de que podem convencer Ancara a não vetar Finlândia e Suécia. "Escutei palavras razoáveis da Turquia nos últimos dias, ela está aberta ao diálogo", disse na segunda-feira (16) o ministro italiano das Relações Exteriores, Luigi Di Maio.
A adesão também estará no centro de um encontro entre os presidentes dos Estados Unidos, Joe Biden, e da Finlândia, Sauli Niinisto, e a premiê da Suécia, Magdalena Andersson, na próxima quinta-feira (19), na Casa Branca.
Já o presidente da Rússia, Vladmir Putin, afirmou que não considera a entrada dos dois países escandinavos na Otan como uma "ameaça", porém alertou que a resposta de Moscou dependerá da presença militar da aliança nos territórios sueco e finlandês. (ANSA).
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Dos 200 deputados finlandeses, 188 votaram a favor da adesão, e apenas oito ficaram contra. O resultado pavimenta o caminho para Helsinque oficializar sua candidatura à Otan nos próximos dias, ao lado da Suécia, que também decidiu abandonar seu status de neutralidade devido à invasão russa na Ucrânia.
A Finlândia foi parte do Império Russo por mais de um século e conquistou sua independência em 1917 - os dois países compartilham hoje cerca de 1,3 mil quilômetros de fronteiras.
No entanto, após a Segunda Guerra Mundial, decidiu não ingressar na Otan para não se indispor com a então União Soviética e depois com a Rússia, apesar de ter se tornado membro da União Europeia em 1995.
A mudança dessa histórica política de neutralidade se deu após a invasão russa à Ucrânia, que levantou temores de ataques de Moscou contra outros países que não fazem parte da aliança euro-atlântica.
No último fim de semana, a premiê finlandesa, Sanna Marin, disse que a "ameaça nuclear" da Rússia é "muito séria" e que o país vizinho é "muito diferente daquele de alguns meses atrás". "Tudo mudou quando a Rússia atacou a Ucrânia, e acho que não podemos mais acreditar em um futuro de paz ao lado da Rússia ficando sozinhos", afirmou.
Para ingressar na Otan, Finlândia e Suécia precisam da aprovação unânime dos Estados-membros, e o único a se opor publicamente é a Turquia, que acusa ambas de dar abrigo a supostos "terroristas" curdos.
No entanto, os outros integrantes da aliança já se mostraram confiantes de que podem convencer Ancara a não vetar Finlândia e Suécia. "Escutei palavras razoáveis da Turquia nos últimos dias, ela está aberta ao diálogo", disse na segunda-feira (16) o ministro italiano das Relações Exteriores, Luigi Di Maio.
A adesão também estará no centro de um encontro entre os presidentes dos Estados Unidos, Joe Biden, e da Finlândia, Sauli Niinisto, e a premiê da Suécia, Magdalena Andersson, na próxima quinta-feira (19), na Casa Branca.
Já o presidente da Rússia, Vladmir Putin, afirmou que não considera a entrada dos dois países escandinavos na Otan como uma "ameaça", porém alertou que a resposta de Moscou dependerá da presença militar da aliança nos territórios sueco e finlandês. (ANSA).
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