Topo

Esse conteúdo é antigo

Mundo chega a 8 bilhões de pessoas e prefeito pede repovoamento de cidade

Comuna de Poggiodomo, na Itália, tem população de 172 habitantes - LigaDue/Creative Commons
Comuna de Poggiodomo, na Itália, tem população de 172 habitantes Imagem: LigaDue/Creative Commons

15/11/2022 15h27Atualizada em 15/11/2022 17h11

Após projeção da Organização das Nações Unidas (ONU) indicar que o mundo chegou à marca de 8 bilhões de pessoas nesta terça-feira (15), o prefeito de Poggiodomo, Filippo Marini, fez um apelo para repovoar a cidade italiana com "alguns desses habitantes".

"Se dos 8 bilhões de pessoas que habitam o mundo, 200 ou 300 quisessem vir morar em Poggiodomo, eu ficaria feliz", enfatizou ele à ANSA.

O italiano contou que o menor vilarejo de Valnerina, perto dos Apeninos, cujo número de habitantes é cerca de 172, continua esvaziando anualmente.

"Infelizmente vivem aqui principalmente pessoas idosas que ciclicamente nos deixam e não são substituídas por novos nascimentos. A última criança nascida em Poggiodomo tem agora um ano e meio, antes dela nascer foi meu filho, há 8 anos", explica Marini.

"Vivemos em um lugar maravilhoso do ponto de vista paisagístico, mas ficar aqui, a quase mil metros acima do nível do mar, entendo que não seja fácil. Definitivamente, precisamos de um projeto para relançar essas realidades", acrescentou o prefeito italiano.

Segundo ele, "seriam necessários incentivos econômicos para jovens casais para induzi-los a fazer uma determinada escolha de estilo de vida e isso permitiria um repovoamento".

Marini explicou ainda que a única coisa que cresce na região "é a fauna predadora", em particular os lobos. "Muitos fazendeiros, que são heróis para mim, estão sofrendo sérios danos e se um dia decidirem partir será realmente o fim de nossa aldeia e para a economia".

"Na esperança de que o mais breve possível haja um plano nacional para reviver realidades como Poggiodomo, renovo o convite a algumas centenas dos 8 bilhões de pessoas para virem morar aqui, garanto que a qualidade de vida é muito alto", conclui Marini.

Desde 2007, a Itália registra mais mortes do que nascimentos. A redução da população fez diversas cidades do país a criarem iniciativas, incluindo a venda de imóveis por um euro, para tentar repovoá-las. (ANSA)