Topo

Ucrânia denuncia ataques russos contra várias cidades

17/11/2022 14h20

KIEV, 17 NOV (ANSA) - As autoridades ucranianas afirmaram que a Rússia está fazendo novamente uma série de ataques contra diversas cidades do país nesta quinta-feira (17). Segundo os representantes, dois mísseis de cruzeiro atingiram a capital Kiev.   

O premiê do país, Denys Shmyhal, afirmou em um evento repercutido pelo portal "Ukrainska Pravda" que os bombardeios de hoje tinham como objetivo plantas de produção de gás e uma área onde há a produção de equipamentos e tecnologia para mísseis e espaciais usadas na defesa em Dnipro.   

Já há algumas semanas, as tropas russas vêm atacando plantas de infraestrutura civil no setor energético. O inverno europeu está se aproximando e há o temor de que os cidadãos não tenham aquecimento adequado em suas residências e em locais de trabalho.   

Também nesta quinta, o vice-ministro da Energia, Yury Vlasenko, disse à revista "Forbes" que os ataques russos da última terça-feira (15) - que inclusive tiveram repercussão na Polônia - tinham como objetivo as centrais nucleares do país.   

"Provavelmente, os engenheiros energéticos deles disseram aos militares onde eles devem atingir para parar as nossas centrais nucleares. Todavia, conseguimos ativar rapidamente os circuitos reservas de alimentação para manter as centrais em funcionamento", destacou Vlasenko.   

Porém, o portal "Ukrinform" informou que também foram registradas explosões na cidade ocupada pelos russos de Dzhankoi, na Crimeia. Conforme o site, entre os alvos atingidos, está um aeroporto usado pelos russos.   

Itália - O ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, falou sobre os novos ataques ocorridos na Ucrânia nesta quinta-feira.   

"Hoje os sinais são negativos porque o novo ataque contra a capital ucraniana é um sinal muito ruim por parte da Rússia", afirmou durante um evento.   

Conforme o chanceler, a Itália "segue com atenção e preocupação" da evolução do conflito "trabalhando pela paz, mas não existe paz sem justiça, o que significa a independência e a liberdade da Ucrânia".   

"Caso contrário, será uma Ucrânia destruída e uma vitória da autocracia sobre a democracia. Defendemos as razões da Ucrânia e o respeito às regras do direito internacional que foram violadas pela Rússia, mas isso não significa que não queremos a paz. Mas, a paz é justa ou não é paz", acrescentou Tajani, falando ainda que o fim da guerra "depende do que a Rússia quer fazer".   

(ANSA).   

Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.