Espancamento de mulher trans brasileira por policiais vira briga política na Itália
A agressão sofrida por uma mulher apontada como transexual e brasileira durante uma abordagem policial em Milão virou tema de disputa política na Itália nesta quarta-feira (24).
Nas imagens gravadas por estudantes da Universidade Bocconi, os agentes a agridem com chutes e cassetetes, além de usar spray de pimenta no rosto dela, que estava caída no chão.
A deputada e secretária metropolitana do Partido Democrático (PD), de centro-esquerda, Silvia Roggiani, chamou as cenas de "horríveis e intoleráveis" e disse que "nada do que possa ter acontecido antes justifica a violência sobre uma pessoa que, pelas imagens, estava inerte".
"A cidade já se mexeu e o prefeito Giuseppe Sala já condenou. Estamos certos de que seja o Palazzo Marino seja a Polícia Local, como já anunciaram, atuarão de maneira intransigente para dar luz ao fato", acrescentou ela.
'Solidariedade aos policiais'
O governista Irmãos da Itália (FdI), da premiê Giorgia Meloni, expressou "plena solidariedade" aos policiais.
"Eles fizeram o dever, evitando que aquela pessoa pudesse dar seguimento as ameaças contra crianças de uma escola milanesa. Uma trans brasileira que estava evidentemente fora de si", acrescentou o deputado e coordenador do FdI de Milão, Stefano Maullu.
Depois que as imagens viralizaram, o presidente do Sindicato Unitário dos Policiais Locais (SULPL), Daniele Vincini, se manifestou dizendo que os policiais foram chamados porque a brasileira estaria supostamente importunando algumas crianças e que tentou agredir os agentes.
Uma investigação sobre o caso já foi aberta pelo Ministério Público da cidade.
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