Princesa Leonor completa 18 anos e faz 1º juramento na Espanha

MADRID, 31 OUT (ANSA) - Por Marcello Campo - Todos loucos por Leonor: milhares de pessoas nas ruas do centro de Madrid aguardaram desde o amanhecer a passagem da princesa das Astúrias. Junto com a família real, ela se dirigia às Cortes, onde, às 11h39, jurou lealdade à Constituição.   

"Peço aos espanhóis que confiem em mim", disse em seu primeiro discurso oficial. E seu pai a tranquilizou: "Você não estará sozinha em seu caminho.   

Encontrará o apoio necessário em sua família, assim como no povo espanhol".   

Resumindo, em um clima de conto de fadas moderno, com muitas bandeiras nas sacadas e nas mãos de muitos espanhóis exultantes, o rei Felipe VI, a rainha Letizia e a menia Sofía acompanharam Leonor para cumprir seu dever em seu 18º aniversário: jurar lealdade à Constituição e se tornar oficialmente a herdeira do trono da Espanha.   

A essa jovem alta, de olhos azuis, cabelos loiros, rosto fresco e simples, os defensores da monarquia espanhola depositam todas as esperanças de seguir adiante com uma dinastia, a dos Bourbon, que há alguns anos, após uma longa série de escândalos, desde as condenações por crimes financeiros do cunhado de Felipe, Urdangarín, até as imprudentes travessuras do avô de Leonor, Juan Carlos I, atingiu o ponto mais baixo de popularidade.   

Foi em 2012, quando os espanhóis, afetados pela crise econômica, souberam atônitos que seu rei estava caçando elefantes em Botsuana às custas deles.   

Agora, no entanto, graças principalmente aos esforços de Letizia, ex-jornalista de TV, essa temporada parece ser uma lembrança ruim. Sua influência sobre a filha é evidente: hoje, Leonor compareceu ao ato solene mais importante de sua vida com um visual elegante, mas muito simples: cabelos presos em um rabo de cavalo, um conjunto branco, blazer e calças, praticamente idêntico ao que a mãe usava no dia de seu noivado.   

Uma roupa adequada para uma jovem moderna, aberta, que estudou no exterior, com a qual toda a monarquia busca se modernizar, afastando-se dos clichês tradicionais para se abrir para a sociedade.   

No entanto, esses esforços não convenceram a todos. No Congresso, houve ausências importantes: não apenas três ministros do Podemos, orgulhosamente republicanos, mas também cerca de cinquenta parlamentares dos partidos independentistas bascos, catalães e galegos, que expressamente consideram os reis "ilegítimos", "defensores das elites e dos privilégios".   

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As mesmas forças políticas, Bildu, ERC e Junts, que estão negociando um acordo de governo com Pedro Sánchez. E apesar do clima de unidade nacional, a centro-direita não hesitou em atacar.   

Para o líder do PP, Alberto Feijóo, esse boicote é uma "anomalia democrática". Ainda mais duro foi o secretário do Vox, Santiago Abascal: "Sánchez está pisoteando a própria Constituição na qual Leonor jurou lealdade". (ANSA).   

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