Nações vizinhas expressam 'preocupação' por ações da Venezuela

CARACAS, 16 FEV (ANSA) - Os governos de Argentina, Costa Rica, Equador, Paraguai e Uruguai manifestaram "profunda preocupação" pela prisão da presidente da ONG venezuelana Control Ciudadano, Rocío San Miguel.   

Os cinco países divulgaram uma nota conjunta através de suas chancelarias, fazendo um "enérgico apelo às autoridades venezuelanas a libertá-la imediatamente e a retirar as acusações contra ela".   

San Miguel foi levada na segunda-feira (12) para El Helicoide, prisão dos serviços de inteligência venezuelanos (Sebin) em Caracas.   

Em juízo, a ativista foi acusada pelo procurador-geral venezuelano, Tarek William Saab, de "traição à pátria, conspiração, terrorismo e associação criminosa", por um suposto plano para assassinar o presidente Nicolás Maduro.   

Na nota, os países também rechaçaram "as recentes medidas contra o gabinete do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos", cujas atividades foram suspensas pelo governo, em mais um movimento que colocou o país no centro de críticas.   

As cinco nações "pedem o pleno respeito aos direitos humanos, ao Estado de Direito e eleições transparentes, livres, democráticas e competitivas".   

Em janeiro, a Suprema Corte do país também excluiu a vencedora das primárias, María Corina Machado, das próximas eleições presidenciais.   

As oposições denunciam a violação parcial de acordos assinados por Maduro, em que se comprometeu a convocar eleições transparentes.   

O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, também denunciou a ofensiva do governo contra a oposição: "O regime mostra seu verdadeiro rosto com suas ações, demonstrando a falta de transparência no processo eleitoral. A perseguição política, a violação de direitos dos cidadãos e a falta de respeito aos acordos são a forma de agir da ditadura".   

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Corina Machado também falou sobre a prisão de San Miguel, dizendo que "chegam dias duros à Venezuela", mas que o regime "está mais frágil do que nunca". (ANSA).   

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