Líder de gangue no Haiti rejeita acordo alcançado na Jamaica

PORTO PRÍNCIPE, 12 MAR (ANSA) - O líder de uma das gangues no Haiti Jimmy Chérizier, conhecido como "Barbecue", rejeitou nesta terça-feira (12) um acordo sobre o futuro do país alcançado em uma cúpula promovida pela Comunidade do Caribe (Caricom) na Jamaica sobre a violência e crise haitiana.   

A difusão do projeto para a criação de um conselho presidencial de transição e a intervenção de uma missão multinacional foi rechaçada por "Barbecue", que reiterou estar envolvido em uma "revolução sangrenta".   

Durante coletiva de imprensa, na qual ele se apresentou com um uniforme militar e com uma submetralhadora, Chérizier, líder da aliança chamada "Vivre Ensemble", confirmou que a sua é uma batalha "para libertar o Haiti dos políticos tradicionais e oligarcas corruptos".   

Segundo ele, se a comunidade internacional continuar no caminho [decidido na Jamaica], "mergulhará o Haiti no caos", levando um pequeno grupo de políticos tradicionais a eleger um presidente e um modelo de governo para o país.   

Depois de esclarecer que "são os habitantes dos bairros populares e o povo haitiano que devem tomar o destino nas próprias mãos e escolher os seus próprios líderes", Chérizier emitiu um alerta à missão multinacional de apoio à segurança (MMAS).   

"Ninguém pode nos assustar ou nos fazer acreditar que seremos caçados no nosso próprio país. Somos filhos de Jean-Jacques Dessalines" - líder da independência haitiana de 1804 -, disse ele.   

Por fim, "Barbecue" ressaltou que, quando os nossos antepassados lutaram pela independência nos chamaram de terroristas, como hoje". "Não viemos aqui para mentir ao povo", concluiu ele, acrescentando: "Não estamos tendo uma revolução pacífica.   

Estamos fazendo uma revolução sangrenta no país." (ANSA).   

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