Italiana presa na Hungria ganha vaga no Parlamento Europeu

ROMA, 10 JUN (ANSA) - A italiana Ilaria Salis, ativista antifascista em prisão domiciliar na Hungria por suposta agressão contra militantes de extrema direita, foi eleita para o Parlamento Europeu, informou a sigla de oposição ao governo da premiê Giorgia Meloni Aliança Verdes e Esquerda (AVS) que a colocou entre os seus candidatos na manhã desta segunda-feira (10).   

A professora do ensino fundamental de Monza, de 39 anos, está sendo julgado na Hungria por supostamente fazer parte de uma gangue que supostamente tinha como alvo três neonazistas em 11 de fevereiro de 2023.   

As suas condições na prisão suscitaram protestos por parte da Itália depois de Salis ter sido repetidamente levada a um tribunal com uma corrente e com as mãos e os tornozelos algemados, um procedimento que a Hungria diz ser padrão, mas que despertou indignação.   

Apesar da prisão domiciliar, a obtenção da vaga, segundo a advogado da ativista, implicaria sua soltura devido à imunidade parlamentar.   

Salis encabeçou a lista da AVS e da coalizão de Esquerda Italiana, que teve um aumento significativo no país nas eleições europeias, com 6,86% dos votos, após as siglas terem registrados separadamente 2,32% e 1,75%, respectivamente, no pleito de 2019.   

Com isso, a italiana passará a ser um dos 52 eurodeputados do grupo dos Verdes no Parlamento Europeu, que reduziu a sua presença em 22 assentos em relação a 2019, quando obteve 74 vagas.   

De acordo com o porta-voz da Europa Verde, Angelo Bonelli, que conversou com Salis por telefone, a ativista está "muito feliz e emocionada".   

Para Nicola Fratoianni, líder da esquerda italiana, a eleição da professora é "um sinal de que a política pode ser útil e mudar a vida das pessoas". (ANSA).   

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